Monday 28 July 2008

Ponto de Encontro – Jungle Edition

Em 1969, o John Rendall e o Anthony 'Ace' Bourke compram no Harrods de Londres (haverá outro?) um leão. Sim, leram bem, um leão, como o Simba.
Desde logo surgem várias questões: em que secção do Harrods estaria o leão à venda: na dos brinquedos? carnes frias? armamento e munições? E quanto custará um leão? Estaria ele de saldos? Sempre legitimava a compra: “eh pá, não preciso propriamente de um leão mas, caramba! está a 50%!”. Qual a justificação para a troca reembolso: “desculpe mas ofereceram-me um igualzinho”... e será preciso talão de troca? Será que os senhores iam só comprar pão e leite e, ludibriados por uma qualquer acção de marketing, renderam-se ao bicho e compraram-no? Será que, em boa verdade, só queriam mesmo um chocolate Lion e, ingenuamente, o funcionário entrega-lhes, juntamente com o jornal, o rei da selva? E como terão eles revelado a aquisição às mulheres? “Querida, cheguei!”, “Compraste o queijo que te pedi?”. “Comprei, comprei. E, olha, aproveitei e também trouxe isto… Giro, não achas? Sempre faz companhia ao mai’ novo…”.
Voltando à história… O Rendall e o Bourke trataram do leão, que baptizaram de Christian, como se de um banal animal de estimação se tratasse, com pequena diferença de que um leão adulto chega a pesar 180 quilos, ter 90cm de altura, 2,70m de comprimento e corre a 48 quilómetros/hora. Sendo insustentável mantê-lo em Londres (jura?!), o leão foi para a Reserva Natural do Kora, no Quénia, onde se adaptou num ápice (mais uma vez, jura?!). Com a experiência da sofisticada urbe, suponho eu, foi o rei daquilo tudo numa de veni vidi vinci à emigrante regressado de França que constrói uma casa tipo maison com janelas tipo fenêtre e mete o pessoal todo na ordem.
Mas o Rendall e o Bourke não aguentaram as saudades e foram ao reencontro do Christian, apesar das advertências dos especialistas de que o bicharoco provavelmente os ia comer vivos por já não os reconhecer. Qual quê! Christian salta-lhes para os braços num dos mais emotivos reencontros que alguma vez já vi. Só lá falta o Henrique Mendes para um Ponto De Encontro – Jungle Edition.
Brincadeiras à parte, são realmente imagens fantásticas de fazer chorar as pedras da calçada e recomendo vivamente o respectivo visionamento. Ora pois:

2 comments:

  1. Palavras pra quê!!!

    (o Amor é, de facto, uma coisa bela!)

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  2. Também é preciso ter sorte com os leões .
    Um amigo de um amigo de um amigo comprou um (está bem que não tinha o selo do Harrods...) e o gajo comeu as zebras todas que eles tinham no quintal.
    beijas
    Salomé

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