Confesso que depois da decepção que foi Bob Dylan naquele mesmo palco, estava apreensiva quando fui ver Leonard Cohen sábado à noite em Algés. Mas, meu Deus, que noite!, que concerto!, que homem! Ouso mesmo dizer que este é o ano dos canadianos: a par do de Feist, este foi o concerto do ano (so far) e provavelmente um dos concertos da minha vida. Apesar de não ter a envolvente intimista que merecia, Leonard Cohen conseguiu dar ao enorme palco e recinto, banhado por uma lua cheia e calor q.b., todo o carisma e intimismo que se esperava.
Pontualíssimo, começou a abrir com o Dance Me to the End of Love e durante as 3 horas tocou e cantou na perfeição praticamente todos os êxitos que construíram a sua irrepreensível carreira. A voz permanece pura e intacta, a forma física invejável, o cavalheirismo e charme incensuráveis e encantou com tanta educação e agradecimento aos músicos (que apresentou e voltou a apresentar vezes sem conta) e ao público.
Sem prejuízo da voz aveludada, profunda e envolvente, que derrete até o mais frígido dos corações, Cohen é antes de mais um grande e talentosíssimo poeta. Lembro-me, aliás, de ter assinado já há uns anos uma petição para que Cohen fosse candidato ao Nobel da literatura. E agora, depois do concerto e de ter passado grande parte deste Domingo cinzento a ouvir os álbuns dele, afirmo sem hesitação que, a par do Philip Roth, eis um escritor que merece reconhecimento literário ao mais alto nível.Um belo exemplo dos poemas tristes e apaixonados e das melodias ébrias e melancólicas que caracterizam Cohen é If it be your will, cujo cover do Antony (dos Antony and the Johnsons) é de arrepiar.
Pontualíssimo, começou a abrir com o Dance Me to the End of Love e durante as 3 horas tocou e cantou na perfeição praticamente todos os êxitos que construíram a sua irrepreensível carreira. A voz permanece pura e intacta, a forma física invejável, o cavalheirismo e charme incensuráveis e encantou com tanta educação e agradecimento aos músicos (que apresentou e voltou a apresentar vezes sem conta) e ao público.
Sem prejuízo da voz aveludada, profunda e envolvente, que derrete até o mais frígido dos corações, Cohen é antes de mais um grande e talentosíssimo poeta. Lembro-me, aliás, de ter assinado já há uns anos uma petição para que Cohen fosse candidato ao Nobel da literatura. E agora, depois do concerto e de ter passado grande parte deste Domingo cinzento a ouvir os álbuns dele, afirmo sem hesitação que, a par do Philip Roth, eis um escritor que merece reconhecimento literário ao mais alto nível.Um belo exemplo dos poemas tristes e apaixonados e das melodias ébrias e melancólicas que caracterizam Cohen é If it be your will, cujo cover do Antony (dos Antony and the Johnsons) é de arrepiar.
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