Pessismus Alive
1. O horário dos Vampire Weekend: a acrescer ao problema das filas exposto infra, perdi praticamente o concerto todo do grupo que mais almejava ver. Quem achou que era conveniente pô-los às 19h em dia de semana não tem qualquer sensibilidade para o público alvo do Alive e devia morrer uma morte lenta e dolorosa.
2. A fila para a pulseira do passe de três dias. Nunca em toda a minha vida vi um festival tão mal organizado. Nem que uma pessoa se esforçasse e pensasse “como é que eu posso tornar infernal a vida de pessoas que gastaram 80€ para este festival?” conseguiria tamanha aberração. Não cabe na cabeça de ninguém pôr, no dia de abertura, antes de Vampire Weekend, 3 míseros representantes da Optimus com uma qualquer incapacidade motora (só pode: lentos, meu Deus, eram tãããooo lentos) a dar a mais de mil pessoas, ao monte e à torreira do sol, a m***a da pulseira do passe de 3 dias. Maior bosta.
3. O Palco Metro tinha praticamente um cartaz melhor do que o do palco principal e era o palco com as piores infra-estruturas do mundo. A não ser que fossemos cobaias de algum estudo sobre a resistência humana ao efeito de estufa enquanto come pó e leva com calhaus, nada justifica aquele tecto de plástico. Ainda por cima lixava a acústica toda. O pior foi mesmo quando, a meio do Into the Galaxy dos Midnight Juggernauts o gerador se foi abaixo e o concerto ficou por ali. Uma pena.
5. Bob Dylan foi a maior desilusão. Com interpretações frias, distantes e quase exclusivamente do novo álbum, sem qualquer empatia com o público ou o passado que fez dele a lenda que é hoje, este concerto mais não foi do que uma fiada de músicas e a confirmação que Dylan já não é deste século.
6. Não sei se a culpa foi da tenda do Palco Metro mas os MGMT foram fraquíssimos, com uma acústica que deixou muito a desejar.
7. A esquizofrenia do cartaz: Within Temptation?! WTF?! Ben Harper yet again? Esse qualquer dia tem passaporte português por passar tanto tempo em território nacional.
8. O cancelamento em cima da hora dos Cansei de Ser Sexy e dos Nouvelle Vague.
O melhor
1. A confirmação de que Róisín Murphy é uma deusa. O melhor concerto, a melhor performer, o melhor guarda-roupa, a melhor set-list. Perfeito, sem uma única falha.
2. As casas de banho limpas, sem fila e com papel higiénico.
3. Os Hércules and the Love Affair mesmo sem o Anthony valeram mais do que a pena, sobretudo por causa da transsexual Nomi, com um fabuloso vestido azul. A exuberância e energia deles passou para o público que cantou, dançou, vibrou. Uma revelação.
4. Os Midnight Juggernauts, apesar de lhes terem cortado as vazas logo quando interpretavam o single, foram brilhantes e é um dos CDs que ainda não tenho mas até ao final da semana já vai estar carregado no meu i-pod.
5. Os Buraka Som Sistema não falham, não desiludem e depois do adormecimento provocado por Bob Dylan, nada como kuduro progressivo para uma despedida em grande do segundo dia do festival. Só foi pena não terem, entre tantos convidados, a M.I.A.
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Imelda,
ReplyDeleteNão podias ter mais razão...Pessimus Alive! E, quanto ao Bob (Dylan) - razão pela qual deixei de ir sexta feira para sul -What a disillusion !!!! Vá lá que nesse dia tive direito a pulseirinha V.I.P e bebi para esquecer...aquela performance!!! hahaha