Monday 29 December 2008

And the award goes to… Sarah Palin! Uh, we mean, Tina Fey!

Tina Fey – capa da Vanity Fair deste mês – foi eleita Entertainer of the Year pela Associated Press, passando à frente de nomes como Robert Downey Jr. e o Heath Ledger que ganharam, respectivamente, a medalha de prata e bronze, este último a título póstumo, claro está…
Os editores de jornais e produtores de televisão dos EUA que constituem o painel de júris da AP escolheram a actriz de 38 anos, que catapultou ao estrelato depois do sketch da Sarah Palin no SNL e da brilhante sitcom 30 Rock, uma vez que ela foi, segundo a AP, a artista que teve maior impacto na cultura e entretenimento dos EUA em 2008.
E nós no B’necas não discordamos.
Go Tina!

Monday 22 December 2008

Para o ano há mais!


Parto amanhã para Londres passar o Natal em família e sigo viagem para Barcelona celebrar o revelhão com amigos, por isso, caros leitores e, em especial, minha partner in crime Peque-nina, desejo-vos um Merry Christmas & Feliz Año Nuevo!

No escurinho do cinema... ou então não...

Não sei o que se passou comigo em 2008 mas depois anos e anos como ávida cinéfila, de dar em doida se ficava mais de 15 dias sem ir ao cinema, de ver 3 ou 4 DVDs por fim-de-semana… de repente dei por mim sem ter visto um único dos 10 melhores filmes do ano, segundo a AFI. Vergonhosamente, passei meses a fio sem ir ao cinema, sem ver um único DVD ou sequer um filme de domingo à tarde na TVI, daqueles em que o cão marca os derradeiros pontos no jogo de basquete e apanha o ladrão mesmo no fim do filme (a adrenalina dos clássicos do Air Bud são uma fixação minha, como já aqui manifestei).
Também a lista dos melhores programas de televisão do ano me deprimiu: tirando o Lost, The Office, Mad Men e The Wire, nunca ouvi falar e muito menos vi as séries eleitas.
Já na minha wishlist da Amazon, deixo-vos então com os pódios da AFI, para que os movie buffs como eu voltem à forma e ponham a 7ª arte em dia:

AFI MOVIES OF THE YEAR-OFFICIAL SELECTIONS
The Curious Case of Benjamin Button
The Dark Knight
Frost/Nixon
Frozen River
Gran Torino
Iron Man
Milk
Wall•E
Wendy and Lucy
The Wrestler


AFI TV PROGRAMS OF THE YEAR-OFFICIAL SELECTIONS
Breaking Bad
In Treatment
John Adams
Life
Lost
Mad Men
The Office
Recount
The Shield
The Wire

Wednesday 17 December 2008

O Gosto dos Outros

E porque a minha opinião musical vale tanto como acções do BPN, deixo-vos as classificações dos melhores álbuns de 2008 segundo os verdadeiros peritos. Os TV On The Radio que, à excepção da Mojo, constam em todas as listas e praticamente sempre no pódio, sobressaem como sendo os claros vencedores.

SPIN
1. TV On The Radio, Dear Science
2. Lil Wayne, Tha Carter III
3. Portishead, Third
4. Fucked Up, The Chemistry Of Common Life
5. Fleet Foxes, Fleet Foxes
6. Santogold, Santogold
7. Deerhunter, Microcastle
8. Hot Chip, Made In The Dark
9. Coldplay, Viva La Vida
10. MGMT, Oracular Spectacular

ROLLING STONE
1. TV on the Radio, Dear Science
2. Bob Dylan: Tell Tale Signs, The Bootleg Series Vol. 8
3. Lil Wayne, Tha Carter III
4. My Morning Jacket, Evil Urges
5. John Mellencamp, Life, Death, Love and Freedom
6. Santogold, Santogold
7. Coldplay, Viva la Vida or Death and All His Friends
8. Beck, Modern Guilt
9. Metallica, Death Magnetic
10. Vampire Weekend, Vampire Weekend

1. Portishead, Third
2. Fleet Foxes, Fleet Foxes
3. TV On The Radio, Dear Science
4. Bon Iver, For Emma, Forever Ago
5. Vampire Weekend, Vampire Weekend
6. Elbow, The Seldom Seen Kid
7. Neon Neon, Stainless Style
8. Nick Cave & The Bad Seeds, Dig!!! Lazarus, Dig!!!
9. Kings Of Leon, Only By The Night
10. Paul Weller, 22 Dreams

BLENDER
1. Lil Wayne, Tha Carter III
2. Girl Talk, Feed the Animals
3. TV on the Radio, Dear Science
4. Metallica, Death Magnetic
5. Hot Chip, Made in the Dark
6. Robyn, Robyn
7. Of Montreal, Skeletal Lamping
8. Randy Newman, Harps and Angles
9. Vampire Weekend, Vampire Weekend
10. Fall Out Boy, Folie A Deux

Q
1. Kings Of Leon , Only By The Night
2. Fleet Foxes, Fleet Foxes
3. Coldplay, Viva La Vida Or Death And All His Friends
4. Vampire Weekend, Vampire Weekend
5. Glasvegas, Glasvegas
6. Duffy, Rockferry
7. TV On The Radio, Dear Science
8. Elbow, The Seldom Seen Kid
9. The Raconteurs, Consolers Of The Lonely
10. Nick Cave & The Bad Seeds, Dig!!! Lazarus Dig!!!

NME
1. TV On The Radio, Dear Science
2. Fleet Foxes, Fleet Foxes
3. Bon Iver, For Emma, Forever Ago
4. MGMT, Oracular Spectacular
5. Coldplay, Viva La Vida or Death And All His Friends
6. Vampire Weekend, Vampire Weekend
7. Glasvegas, Glasvegas
8. Portishead, Third
9. Amadou And Mariam, Welcome To Mali
10. Kings Of Leon, Only By The Night

MOJO
1. Fleet Foxes, Fleet Foxes
2. The Last Shadow Puppets, The Age Of The Understatement
3. Paul Weller, 22 Dreams
4. Bon Iver, For Emma, Forever Ago
5. Nick Cave & The Bad Seeds, Dig, Lazarus, Dig!!!
6. The Hold Steady, Stay Positive
7. Glasvegas, Glasvegas
8. The Week That Was, The Week That Was
9. The Bug, London Zoo
10. Neil Diamond, Home Before Dark

AV CLUB
1. TV on the Radio, Dear Science
2. Fucked Up, The Chemistry Of Common Life
3. The Walkmen, You & Me
4. Los Campesinos, Hold On Now, Youngster…
5. Bon Iver, For Emma, Forever Ago
6. The Hold Steady, Stay Positive
7. Vampire Weekend, Vampire Weekend
8. Erykah Badu, New Amerykah, Part One: 4th World War
9. Death Cab For Cutie, Narrow Stairs
10. Portishead, Third

BLITZ
1. Portishead, Third
2. Hercules and Love Affair, Hercules and Love Affair
3. Silver Jews, Lookout Mountain, Lookout Sea
4. TV On The Radio, Dear Science
5. The Kills, Midnight Boom
6. MGMT, Oracular Spectacular
7. Vampire Weekend, Vampire Weekend
8. American Music Club, The Golden Age
9. Bon Iver, For Emma, Forever Ago
10. Erykah Badu, New Amerykah: Part One (4th World War)

1. The Last Shadow Puppets, The Age Of The Understatement
2. MGMT, Oracular Spectacular
3. TV On The Radio, Dear Science
4. Vampire Weekend, Vampire Weekend
5. Fleet Foxes, Fleet Foxes
6. X-Wife, Are You Ready For The Blackout?
7. The Walkmen, You & Me
8. Bon Iver, For Emma, Forever Ago
9. Beach House, Devotion
10. Portishead, Third

Tuesday 16 December 2008

Os Melhores Singles de 2008 (1 a 5)

1. Sex On Fire, Kings of Leon
Uma vez que só comprei o álbum há poucos meses, courtesy of Tiago, ainda o tenho fresquinho e admito que esta classificação esteja influenciada pelo factor “tempo” e “novidade”... mas esta música é indescritivelmente poderosa. Posso avançar que, a fazer uma lista dos singles da década, este há-de lá constar e numa posição bem privilegiada.


2. White Winter Hymnal, Fleet Foxes
Tenho a agradecer à Guida a recomendação este verão para a canção mais doce e harmoniosa do ano, que muito me lembra a paixão que tive pelo Person Pitch do Panda Bear.


3. Kalemba, Buraka Som Sistema
aqui falei da música mais dirty do ano. Cheira a verão, suor, promiscuidade e muito movimento de anca. Wegue, wegue!

4. Blind, Hercules and Love Affair
Palavras para quê? Ouçam e tentem não dançar, desafio-vos.


5. A-Punk, Vampire Weekend
Acabou por não ser a minha canção predilecta do álbum mas posso dizer que comprei Vampire Weekend no início do ano conhecendo apenas A-Punk: é isso o poder de um bom single.

Os Melhores Singles de 2008 (6 a 10):

6. Kids, MGMT
O álbum repleto de singles (aconselho o Electric Feel na versão acústica da Katy Perry que podem ver aqui) que animaram muitas noites este verão.


7. Into the Galaxy, Midnight Juggernaughts
Vozes à 70s + sintetizador à 80s + guitarras à 90s = a música mais now do ano. Provocadora e ultra-dançável, das melhores músicas da Austrália para o mundo.


8. Les Artistes, Santogold
A comparação está mais do que feita, revista e usada mas não há melhor maneira de a descrever: Santogold é uma MIA mas sem o background do Sri Lanka. A menina que teve o privilégio de cantar ao lado do Pharell Williams e do Julian Casablancas para o hino da Converse Allstars tem um álbum repleto de músicas dignas de singles mas por ter sido a primeira a sair, deixo-vos Les Artistes.


9. Dawn of the Dead, Does It Offend You, Yeah?
O nome da banda é nada mais do que uma frase dita pelo personagem David Brent num episódio do The Office. O nome do single é o título do mais conhecido slasher movie de sempre. Já a música não tem nada a ver nem com brticom nem com zombies mas é qualquer coisa de delicioso.


10. I Lust You, Neon Neon ft. Cate Le Bon
É o single mais retro de todos: dá quase vontade de fazer uma permanente, usar t-shirts caídas no ombro, enchumaços e Redley sem atacadores. Produzido por duas divindades musicais, os Hot Chip e o Gruff Rhys, dos Super Furry Animals, é um dueto à la Human League que prova que os sintetizadores estão de volta e de que maneira.

Mais uma razão para ter expectativas altas para 2009…

Blikk Fang é o nome do novo projecto que junta Andrew VanWyngarden, metade da dupla dos MGMT e Kevin Barnes, vocalista dos Of Montreal.
É um match made in heaven em que, seguramente, não vai faltar criatividade e loucura em doses suficientes para ser uma das bandas a vigiar no próximo ano.

Monday 15 December 2008

Os Melhores Singles de 2008 (11 a 20)

11. Creepers, Islands
Absolutamente delicioso, de ouvir em qualquer ocasião a qualquer pretexto. A melhor faixa deste grande álbum.


12. Fools, The Dodos
É remanescente de um algo que já ouvimos e adorámos. Não sei o que é: é uma espécie de Arcade Fire meets Sufjan Stevens com o ritmo de S. Francisco, cidade do duo por detrás deste projecto.


13. I’m Good, I’m Gone, Lykke Li
A menina da voz doce, melodias amargas e letras intrigantes traz uma pop suficiente alternativa para entrar no billboard.


14. Walking on a Dream, Empire of the Sun
aqui falei desta pérola do downunder. É uma espécie de resumo dos melhores álbuns e artistas numa só canção.

15. A&E, Goldfrapp
É impossível ouvir esta música sem ser transportado para uma pradaria numa entardecer quente de verão, tomados de assalto pelo cheiro de relva cortada, o chilrear de pássaros e o som de uma ribeira fria a correr. Aliás, todo o registo de Seventh Tree é zen, doce e quente (veja-se Happiness). Alison em grande.


16. Kim and Jessie, M83
Parece saído directo de uma banda-sonora de um filme dos anos 80, com sintetizadores suavizados pelas influências quentes da Côte d’Azur donde Anthony Gonzalez é originário.


17. 17 years, Ratatat
Um descoberta recente mas que faz jus ao “mais vale tarde do que nunca”. Se algum dia os Beastie Boys se dedicarem à electrónica, o resultado não deve sair muito longe disto: soa a Nova Iorque a cada beat e isso só pode ser bom...


18. Another Day, Jamie Lidell
Tal com o A&E, esta música cheira a verão, a Sudoeste, a soul dos anos 60, a palmas a marcar o ritmo enquanto se abana a cabeça à la Stevie Wonder. Dos singles mais uplifting de 2008.


19. Golden Age, TV on the Radio
O single do álbum do ano para muitos (a maioria) dos experts.


20. Ready for the Floor, Hot Chip
Tenho de admitir que há uns meses atrás esta música teria seguramente uma melhor classificação mas não é propriamente um som que se possa ouvir em loop ou que não canse… Não deixa de ser um dos melhores singles do ano.

Friday 12 December 2008

And the Oscar goes to…

Trata-se de uma das histórias mais absurdas que ouvi nos últimos tempos.
O actor Daniel Hoevels estava a representar o papel de Mortimer na peça “Maria Stuart”, do Schiller no teatro Burgtheater, em Viena, quando se deu o sinistro incidente. Na última cena em que Mortimer se suicida ao cortar a própria garganta, a ficção passou quase a realidade: a faca “a fingir” foi substituída por uma faca genuína e afiada e o actor fez um corte profundo na garganta e caiu ensanguentado em palco, enquanto o público aplaudia entusiasticamente a actuação e os “efeitos especiais” tão realistas…
O corte não foi fatal, graças a Deus, e o Hoevels sobreviveu mas começa agora uma espécie de CSI Viena – a polícia está a investigar se houve de facto um engano ou se foi uma tentativa de assassínio. Uuuuu, exciting! E depois querem público nos teatros portugueses: com a concorrência a apimentar Schiller com sangue, crime e traição, não há quem resista.

Os Melhores Álbuns de 2008 (1 a 10)

Como prometido, segue o resto da lista:
1. Hercules and the Love Affair, Hercules and the Love Affair

Não sei se é o meu álbum preferido mas é claramente o mais surpreendente e inovador do ano, daí a primeira classificação. A voz do Antony Hagerty sobreposta a uma electrónica viciante ao lado do/a poderosíssimo/a vocalista Nomi, num ambiente dark mas irresistivelmente dançante fazem com que este álbum mereça com toda a justiça a medalha de ouro.

2. Kings of Leon, Only by the Night

Em discordância com as fracas críticas que este álbum recebeu (à excepção da Q que o elegeu álbum do ano), adoro este álbum. Foi provavelmente a mais recente descoberta da lista e digo-vos que estou arrependida de não ter comprado este álbum logo no dia em que saiu. Todas as músicas são fortíssimas, as letras potentes e as batidas, mesmo nas músicas mais calmas, são um shot de adrenalina que mete todas as emoções à flor da pele. E, pequeno pormenor, o vocalista Caleb Followill é deveras – como hei de dizer? – interessante…


3. Flight of the Conchords, Flight of the Conchords

Nunca imaginei dar destaque a um grupo satírico neo-zelandês mas posso dizer-vos que poucas músicas me deram tanto gozo nos últimos anos como as dos FOTC. Fiquei borderline obcecada quando vi a série completa em DVD (ainda me estou a recompor do crush absurdo que tive pelo Bret) mas a verdade é que este duo é composto por dois grandes senhores da música, com melodias bem simpáticas e letras inteligentes. Recomendo vivamente.

4. Vampire Weekend, Vampire Weekend

Foi o álbum que mais vezes ouvi de Março a Agosto. Houve semanas a fio em que só ouvi este álbum, dias a fio em que só ouvi “The Kids Don’t Stand a Chance”. O álbum, apesar de curtinho, é arrumadinho, preppy, bem-disposto e ideal para levantar os ânimos mesmo aos mais desanimados. Peca, no entanto, por ser um estilo que cansa rapidamente. O segundo álbum é que vai ditar o futuro deste quarteto.

5. Fleet Foxes, Fleet Foxes

aqui falei dos vencedores para a Uncut. O álbum de estreia dos Fleet Foxes é o equivalente a um abraço triste mas consolador e ternurento que aquece a alma. Os arranjos são de um detalhe e minúcia que muito fazem lembrar as complexas sobreposições dos Beach Boys, mas a um nível de sofisticação e harmonia que ultrapassa todas as expectativas.
A ouvir em frente à lareira num dia chuvoso.

6. Elbow, The Kid Seldom Seen

Mudei radicalmente de opinião a cerca destes meninos. Quando venceram o prémio da Mercury, derrotando os Radiohead, Burial, Neon Neon e Last Shadow Puppets, achei que este quinteto de Lancashire não estava à altura. Mas entretanto comprei o CD e foi uma revelação absoluta: as músicas são como aquelas gomas ácidas que picam a língua e ardem os olhos mas depois deixam um saboroso gosto adocicado nos lábios. E o facto do Guy Garvey ter uma voz arrepiantemente parecida com a do Peter Gabriel também ajuda à festa.

7. Bon Iver, For Emma, Forever Ago

O alter-ego de Justin Vernon, Bon Iver vem do francês bon hiver – i.e. bom Inverno, uma expressão que retrata perfeitamente a atmosfera e o espírito deste álbum. Isolado de qualquer contacto com o mundo exterior, Bon Iver hibernou durante 3 meses nas montanhas do Wisconsin e compôs este um álbum íntimo, melancólico e solitário: folk, portanto, no estado mais puro.

8. The Midnight Juggernauts, Dystopia

Dos poucos álbuns de música “electrónica” (?) que ouço de princípio a fim, sem passar uma única música a frente e que ouço a qualquer hora do dia. As músicas são todas um bocado parecidas mas como são todas boas, não tem mal repetir. Em equipa que ganha não se mexe, ¿verdad?

9. Joan as a Police Woman, To Survive

É ex-namorada do Jeff Buckley e com isso está tudo dito. Descobri-a há 2 anos no Festival Radar e os duetos com Antony e Rufus Wainright foram das músicas que mais rodaram no meu My Top Rated.

10. MGMT, Oracular Spectacular

Não fosse o Hugo provavelmente não teria dado a atenção devida a este álbum com mais hits e singles do que muitos outros que constam da lista. É sinónimo de verão, de noite, de boa disposição, com sonoridades originais e refrescantes, ideal para correr (a sério, deve haver qualquer coisa no ritmo que ajuda a combater o cansaço e estimula a adrenalina!).

Amanhã segue a lista de singles do ano!

Thursday 11 December 2008

The year that was…

Aproximamo-nos do fim do ano e com ele vem um sem fim de compilações dos “melhor [o quer que seja] do ano 2008”: o melhor álbum, o melhor filme, o melhor livro, o melhor croquete, a melhor repartição de finanças, a melhor casa de banho pública, o melhor ataque de histerismo da Fátima Campos Ferreira no Pros e Contras… you name it.
Foi um ano com muitos álbuns bons mas poucos álbuns grandiosos: tive muita dificuldade em seleccionar os “finalistas” precisamente por não haver nenhum em particular que se distinguisse ou que eu achasse que fosse melhor do que o próximo.
Para não vos maçar muito e porque o meu poder de síntese deixa muito a desejar, vou-vos largando isto às postas. Amanhã segue o resto!
Os Melhores Álbuns de 2008 (11 a 20)

11. She & Him, Volume One
12. The Last Shadow Puppets, The Age of the Understatement

13. TV On The Radio, Dear Science

14. The Walkmen, You & Me
15. Santogold, Santogold


16. Glasvegas, Glasvegas

17. Islands, Arms Way


18. Ra Ra Riot, The Rhumb Line

19. Neon Neon, Stainless Style

20. Foals, Antidotes

Wednesday 10 December 2008

High School Drama

Há demasiado tempo que não ia ao cinema por tantas razões mas finalmente quebrei ontem o jejum e de que maneira. Fui ver A Turma de Laurent Cantet, vencedor da Palma de Ouro em Cannes este ano e com todo o mérito. Baseado no livro Entre Les Murs do professor François Bégaudeau, o filme trata sem clichés nem preconceitos mas antes de forma provocadora, espirituosa e comovente a vida de uma turma do 8º ano durante um ano lectivo num problemático liceu parisiense. A meio caminho entre o documentário e a ficção, A Turma é filmado com câmara de ombro, sem qualquer espécie de música ou banda sonora nem sequer tem actores: os alunos são genuínos alunos de escolas francesas, sem experiência prévia como actores, e o protagonista – o professor de francês – é o próprio François Bégaudeau que tem um papel cativante e conduz de forma maravilhosa a turma e o filme.
Fiz praticamente toda a minha escolaridade no sistema francês, designadamente em Paris, e mesmo sem nunca ter estado numa turma tão problemática quanto aquela que é retratada no filme, identifiquei-me com tantos episódios e fui invadida por uma enorme saudade dos meus tempos de liceu: de repente senti o cheiro a giz, a excitação de quando ouvíamos o sino antes do recreio ou – auge do auge – antes das férias grandes, a adrenalina dos recadinhos trocados em segredo, o nervosismo nos corredores antes dos testes… Nunca (ou melhor, ainda não) fui tão feliz quanto o fui na escola: não tenho qualquer trauma e só guardo muitas saudades e ainda mais recordações maravilhosas.
Este filme foi o melhor antídoto para os tempos difíceis que vivo e recomendo a todos – bem ou mal na vida – que vejam este filme apelidado pelo Markl como “Morangos Sem Açúcar”.

Tuesday 9 December 2008

Le Deuxième Sexe

Sou uma snob musical assumida. Desprezo à partida e sem qualquer fundamento qualquer música ou grupo que sejam minimamente comerciais ou mainstream. Se passa numa rádio que não seja a Oxigénio ou a Radar, nem lhe dou o benefício da dúvida… salvo raríssimas excepções. De vez em quando, engulo o orgulho e abro a alma e os ouvidos aos guilty pleasure.
E o guilty pleasure deste mês é o “If I were a Boy” da Beyoncé.
Admito que nunca jamais confessaria em público “olha, gosto desta música da Beyoncé”, mas este último single da ex-Destiny’s Child é qualquer coisa de grandioso. Há muito tempo que uma música não me surpreendia tanto. A letra e a mensagem do “If I were a Boy” são brutais, cruas, verdadeiras, atormentadas e reveladoras. Expõe-se de uma maneira emotiva o estigma que prejudica as mulheres e beneficia os homens, uma luta com que tantas vezes me deparei.
O teledisco é bastante “self explanatory”. Vejam, rendam-se e comentem.

Wednesday 3 December 2008

Super Bock em Stock

Não estivesse eu com uma gripe colossal, hoje e amanhã encontrar-me-iam pelo Maxime, Tivoli, São Jorge e Teatro Variedades. Começa hoje o Super Bock em Stock, um mini-festival à la SXSW (à dimensão alfacinha, está claro) que tem um grande cartaz que conta com El Perro del Mar, Santogold, Ladyhawke, Lykke Li e com o meu especial destaque para os Walkmen, os meus nova-iorquinos de estimação.
Aproveite quem não estiver com 39.º de febre e ranho até aos olhos…