Friday, 12 December 2008

Os Melhores Álbuns de 2008 (1 a 10)

Como prometido, segue o resto da lista:
1. Hercules and the Love Affair, Hercules and the Love Affair

Não sei se é o meu álbum preferido mas é claramente o mais surpreendente e inovador do ano, daí a primeira classificação. A voz do Antony Hagerty sobreposta a uma electrónica viciante ao lado do/a poderosíssimo/a vocalista Nomi, num ambiente dark mas irresistivelmente dançante fazem com que este álbum mereça com toda a justiça a medalha de ouro.

2. Kings of Leon, Only by the Night

Em discordância com as fracas críticas que este álbum recebeu (à excepção da Q que o elegeu álbum do ano), adoro este álbum. Foi provavelmente a mais recente descoberta da lista e digo-vos que estou arrependida de não ter comprado este álbum logo no dia em que saiu. Todas as músicas são fortíssimas, as letras potentes e as batidas, mesmo nas músicas mais calmas, são um shot de adrenalina que mete todas as emoções à flor da pele. E, pequeno pormenor, o vocalista Caleb Followill é deveras – como hei de dizer? – interessante…


3. Flight of the Conchords, Flight of the Conchords

Nunca imaginei dar destaque a um grupo satírico neo-zelandês mas posso dizer-vos que poucas músicas me deram tanto gozo nos últimos anos como as dos FOTC. Fiquei borderline obcecada quando vi a série completa em DVD (ainda me estou a recompor do crush absurdo que tive pelo Bret) mas a verdade é que este duo é composto por dois grandes senhores da música, com melodias bem simpáticas e letras inteligentes. Recomendo vivamente.

4. Vampire Weekend, Vampire Weekend

Foi o álbum que mais vezes ouvi de Março a Agosto. Houve semanas a fio em que só ouvi este álbum, dias a fio em que só ouvi “The Kids Don’t Stand a Chance”. O álbum, apesar de curtinho, é arrumadinho, preppy, bem-disposto e ideal para levantar os ânimos mesmo aos mais desanimados. Peca, no entanto, por ser um estilo que cansa rapidamente. O segundo álbum é que vai ditar o futuro deste quarteto.

5. Fleet Foxes, Fleet Foxes

aqui falei dos vencedores para a Uncut. O álbum de estreia dos Fleet Foxes é o equivalente a um abraço triste mas consolador e ternurento que aquece a alma. Os arranjos são de um detalhe e minúcia que muito fazem lembrar as complexas sobreposições dos Beach Boys, mas a um nível de sofisticação e harmonia que ultrapassa todas as expectativas.
A ouvir em frente à lareira num dia chuvoso.

6. Elbow, The Kid Seldom Seen

Mudei radicalmente de opinião a cerca destes meninos. Quando venceram o prémio da Mercury, derrotando os Radiohead, Burial, Neon Neon e Last Shadow Puppets, achei que este quinteto de Lancashire não estava à altura. Mas entretanto comprei o CD e foi uma revelação absoluta: as músicas são como aquelas gomas ácidas que picam a língua e ardem os olhos mas depois deixam um saboroso gosto adocicado nos lábios. E o facto do Guy Garvey ter uma voz arrepiantemente parecida com a do Peter Gabriel também ajuda à festa.

7. Bon Iver, For Emma, Forever Ago

O alter-ego de Justin Vernon, Bon Iver vem do francês bon hiver – i.e. bom Inverno, uma expressão que retrata perfeitamente a atmosfera e o espírito deste álbum. Isolado de qualquer contacto com o mundo exterior, Bon Iver hibernou durante 3 meses nas montanhas do Wisconsin e compôs este um álbum íntimo, melancólico e solitário: folk, portanto, no estado mais puro.

8. The Midnight Juggernauts, Dystopia

Dos poucos álbuns de música “electrónica” (?) que ouço de princípio a fim, sem passar uma única música a frente e que ouço a qualquer hora do dia. As músicas são todas um bocado parecidas mas como são todas boas, não tem mal repetir. Em equipa que ganha não se mexe, ¿verdad?

9. Joan as a Police Woman, To Survive

É ex-namorada do Jeff Buckley e com isso está tudo dito. Descobri-a há 2 anos no Festival Radar e os duetos com Antony e Rufus Wainright foram das músicas que mais rodaram no meu My Top Rated.

10. MGMT, Oracular Spectacular

Não fosse o Hugo provavelmente não teria dado a atenção devida a este álbum com mais hits e singles do que muitos outros que constam da lista. É sinónimo de verão, de noite, de boa disposição, com sonoridades originais e refrescantes, ideal para correr (a sério, deve haver qualquer coisa no ritmo que ajuda a combater o cansaço e estimula a adrenalina!).

Amanhã segue a lista de singles do ano!

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