“Olha, tens de ir a uma reunião do fundo X que é nas Bahamas”. Eu respondo, calma e profissionalmente: “Claro, acho que estamos numa altura decisiva, é importante estarmos presente” mas por dentro, estou aos pulos: já ouço as marracas em pano de fundo e saboreio os mojito: BAHAMAS?! Are you fucking kidding me?! Que biquínis levar? Já me babo só de pensar no pequeno-almoço do hotel e nas corridas matinais ao longo das praias edénicas. Viva os off shores e paraísos fiscais!
“Como a maior parte dos participantes na reunião está na Europa, a reunião terá lugar não nas Bahamas mas antes na Bélgica”. Bwã, bwã, bwã bwãããã (não sei muito bem como escrever esta onomatopeia mas é suposto ser o som do fail).
Há Dois Dias
Há Um Dia
60€ de táxi e 20mins depois, chego toda lampeira a Zaventem, vou procurar a minha porta de embarque quando me deparo com o seguinte cenário:
Estão a ver aquele da TAP lá em cima, às 17h10? Era o meu… Cancelled. Esse e todos os outros: greve geral de controladores aéreos na Bélgica. Tudo bem, sou muito amiga do sindicalista, do manifestante, do reivindicador, é tudo muito bonito. Mas logo no dia em que vou viajar?
Solução gentilmente oferecida pela menina das informações: “Bah, vous devez faire la queue comme tout le monde, Mademoiselle! Je n'y peux rien, moi!”. Faire la queue? Qual queue? Esta fila aqui que tem cerca de 300 pessoas e outros tantos trolleys?
Nã nã nã, chérie, não sei como é que tu resolves as coisas aqui na tua terra mas o tuga é desenrascado e eu cá não vou ficar aqui horas a fio à espera de receber um voucher para, talvez, na melhor das hipóteses, poder voltar a voar daí a dois dias na Air Brussels. Não. Toca a ver bilhetes de comboio para e voos de Amesterdão, Paris, Londres, Zurique… Nada, já não há bilhetes e os únicos voos que encontrava eram no dia a seguir e a 700€. Graças ao espírito tuga do “desemerda-te dê por onde der” e uns anos de teatro e muito dramatismo, lá me enfiam num voo que não o meu, que saía de Lille e até me arranjam um autocarro até lá! Corrida até ao autocarro, que estava a sair do outro lado do aeroporto, isto tudo com uns saltos de 10 cm e um trolley atrás (ia jurar que atropelei um caniche pelo caminho, já não sei se com os saltos se com o trolley). Depois de duas horas de autocarro com o dito trolley ao colo e chego ao aeroporto de Lille que mais parece uma casa de bonecas de tão pequeno, e sem uma única loja ou restaurante aberto àquela hora. E eu que tinha só tinha tomado o pequeno almoço uma quinzena de horas antes…
Para quem pensava ir passar uns dias tranquilos às Bahamas, backlash’s a bitch!
Sempre me ensinaram que Deus não castiga. Mas que Ele tem um valente sentido de humor, lá isso tem.
Pobre prima...
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