Herdei a paixão pela música do lado do meu Pai. O meu avó paterno era músico nas horas vagas e tinha mesmo grupo de música com os irmãos que, para meu grande desgosto, nunca cheguei a ver e ouvir.
O meu Pai, por sua vez, é incapaz de ler uma pauta ou tocar um instrumento, mas sabe mais de música do que muita gente que por aí anda, que vende discos, que compõe e pretende ser músico. Tem uma colecção de discos impressionante e de uma variedade de fazer inveja à Fnac. Das coisas que mais gosto de fazer quando vou visitar os meus pais, é ficar noite dentro com o meu Pai na salinha onde têm a “estereofonia”, como ele diz, a ouvir as últimas descobertas que fez: fazemos comparações entre compositores, entre versões, confrontamos cumbias com tangos, pop com jazz, passamos de ritmos senegaleses a um qualquer virtuoso japonês, das guitarradas dos anos 70 ao rockabilly dos anos 50…
Mas uma das grandes paixões do meu Pai é o fado.
Eu ainda demorei uns anos a perceber essa paixão e só comecei a gostar realmente de fado há uns 5 anos, mais coisa menos coisa. Voltei a ouvir em CD, em reedições remasterizadas e límpidas, as vozes que ouvia, em miúda, entre os riscos e saltos de velhinhos LP de vinil - o grande Alfredo Marceneiro é das mais marcantes mas também as de Vicente da Câmara, Ercília Costa, Maria Teresa de Noronha, e, claro, a incontornável Amália.
Hoje, e também porque o meu Pai é amigo pessoal de muitos deles, sou fã da chamada “nova geração” de fadistas. Uma dessas novas vozes pertence à miúda mais querida e bem educada que conheci nos últimos tempos: a Carminho Rebelo de Andrade, filha da Teresa Siqueira. O fado corre-lhe no ADN, é evidente, e quem já a ouviu cantar na Mesa de Frades (recomendo vivamente, especialmente em noites e que estiver também o Camané e o Ricardo Ribeiro) sabe que também lhe corre na alma.
A Carminho fez as capas da Time Out, do Expresso e de uns tantos outros jornais e revistas esta semana não posso deixar de publicitar aqui nas B’necas o álbum “Fado” que aconselho para descobrirem o que é o fado, o que é Lisboa, o que é a música e o que é, acima de tudo, o amor por todas estas coisas.
O meu Pai, por sua vez, é incapaz de ler uma pauta ou tocar um instrumento, mas sabe mais de música do que muita gente que por aí anda, que vende discos, que compõe e pretende ser músico. Tem uma colecção de discos impressionante e de uma variedade de fazer inveja à Fnac. Das coisas que mais gosto de fazer quando vou visitar os meus pais, é ficar noite dentro com o meu Pai na salinha onde têm a “estereofonia”, como ele diz, a ouvir as últimas descobertas que fez: fazemos comparações entre compositores, entre versões, confrontamos cumbias com tangos, pop com jazz, passamos de ritmos senegaleses a um qualquer virtuoso japonês, das guitarradas dos anos 70 ao rockabilly dos anos 50…
Mas uma das grandes paixões do meu Pai é o fado.
Eu ainda demorei uns anos a perceber essa paixão e só comecei a gostar realmente de fado há uns 5 anos, mais coisa menos coisa. Voltei a ouvir em CD, em reedições remasterizadas e límpidas, as vozes que ouvia, em miúda, entre os riscos e saltos de velhinhos LP de vinil - o grande Alfredo Marceneiro é das mais marcantes mas também as de Vicente da Câmara, Ercília Costa, Maria Teresa de Noronha, e, claro, a incontornável Amália.
Hoje, e também porque o meu Pai é amigo pessoal de muitos deles, sou fã da chamada “nova geração” de fadistas. Uma dessas novas vozes pertence à miúda mais querida e bem educada que conheci nos últimos tempos: a Carminho Rebelo de Andrade, filha da Teresa Siqueira. O fado corre-lhe no ADN, é evidente, e quem já a ouviu cantar na Mesa de Frades (recomendo vivamente, especialmente em noites e que estiver também o Camané e o Ricardo Ribeiro) sabe que também lhe corre na alma.
A Carminho fez as capas da Time Out, do Expresso e de uns tantos outros jornais e revistas esta semana não posso deixar de publicitar aqui nas B’necas o álbum “Fado” que aconselho para descobrirem o que é o fado, o que é Lisboa, o que é a música e o que é, acima de tudo, o amor por todas estas coisas.
Também minha amiga (mas ainda sem álbum) e dona de uma belíssima voz é a Cuca que cantou um dos fados mais lindos jamais escritos no filme do Carlos Saura, “Fados”:
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