Ontem liguei à minha amiga B. que não vejo há meses e, nas respectivas actualizações das nossas vidas, surgiu a inevitável pergunta “então e de amores, como estás?” ao que respondi “Ai, B., está o caos, nem sei por onde começar…” ao que a B. se partiu a rir “Vejo que está tudo na mesma: o dia em que me responderes que está tudo bem, há uma revolução na ordem e causa das coisas”. Na altura ri-me mas depois de ter desligado fiquei a pensar naquilo. Já conheço a B. há uns bons anos e é verdade: ela sempre me conheceu com aventuras e desventuras amorosas dignas de telenovela mexicana, com desgostos e paixões de dimensões desproporcionadas, ora estou nas nuvens ora nos infernos, não há meio termo.
Porquê? É esta a eterna pergunta que me atormenta e à qual não tenho – nem sei se algum dia terei – resposta.
Ainda que sem solução ao enigma que é a minha vida, vi no outro dia um artigo deveras curioso – ainda que ligeiramente datado – com dicas para mulheres solteiras. E depois do meu reality check, decidi revê-lo com maior atenção, de maneira a repensar todo o meu comportamento social e, em particular, a interacção com o sexo oposto.
Vou pôr em prática os conselhos que aqui reproduzo e logo vos conto como correu…
Vou pôr em prática os conselhos que aqui reproduzo e logo vos conto como correu…
1. Manter a postura e elegância!
Confesso que sou meia desconjuntada e já dei por mim sentada quase em posição de lótus num date de tal modo estava à vontade. E a pastilha elástica é turn off, aceito, mas tem a sua utilidade, particularmente pós-jantar e pré-beijo.
Confesso que sou meia desconjuntada e já dei por mim sentada quase em posição de lótus num date de tal modo estava à vontade. E a pastilha elástica é turn off, aceito, mas tem a sua utilidade, particularmente pós-jantar e pré-beijo.
(BTW, A-M-O a pose da senhora nesta fotografia, que lol!)
2. Não falar de moda!
Pronto, está tudo perdido! Como não falar de roupa?! Lamento, mas a moda é um tema tão digno quanto a música, literatura, cinema, arte, política...
Já vou em duas regras, duas infracções.
Pronto, está tudo perdido! Como não falar de roupa?! Lamento, mas a moda é um tema tão digno quanto a música, literatura, cinema, arte, política...
Já vou em duas regras, duas infracções.
3. Não ficar ébria.
Este ditame tem toda a razão de ser: bebedeira dá, invariavelmente, asneira. Eu que o diga que já institui como regra de ouro limitar-me a um copo de vinho nos primeiros dates. Voz da experiência, amigas: aprendam com os erros dos outros!
Três regras, três infracções: está tudo explicado.
Este ditame tem toda a razão de ser: bebedeira dá, invariavelmente, asneira. Eu que o diga que já institui como regra de ouro limitar-me a um copo de vinho nos primeiros dates. Voz da experiência, amigas: aprendam com os erros dos outros!
Três regras, três infracções: está tudo explicado.
4. Não falar enquanto se dança.
Sendo certo que sou uma grande faladora e defendo que se o silêncio é de ouro, então as palavras são de platina, a verdade é que há três situações em que gosto de calar e ouvir: na missa, no cinema e em concertos. E, transpondo a importância da música num concerto para uma danceteria, não me importo minimamente de dançar calada: é o corpo que fala, o olhar, o toque, os movimentos. Na pista de dança, um gesto da anca, um movimento do cabelo, um bater das pestanas diz mais do que mil palavras (e normalmente só são precisas duas: “quero-te”).
Sendo certo que sou uma grande faladora e defendo que se o silêncio é de ouro, então as palavras são de platina, a verdade é que há três situações em que gosto de calar e ouvir: na missa, no cinema e em concertos. E, transpondo a importância da música num concerto para uma danceteria, não me importo minimamente de dançar calada: é o corpo que fala, o olhar, o toque, os movimentos. Na pista de dança, um gesto da anca, um movimento do cabelo, um bater das pestanas diz mais do que mil palavras (e normalmente só são precisas duas: “quero-te”).
5. Don't be conspicuous - ou, em bom português, deixa-te de ser p*ta.
Há uma linha ténue entre o sociável e o, vá, ser pêga. É sempre saudável haver um mínimo de flirt e uma dose razoável de ciúmes mas daí a catar piolhos ao senhor da mesa do lado… quer-me parecer que é mais na ordem do "pêga" do que do "olha que amor que é a minha dama que até se mete a coçar as cabeças de outros homens. Grande galhofeira!".
6. Ele há à-vontade e à-vontade...
Sendo certo que esta senhora está a fazer das coisas que mais adoro (aqui vos confesso a minha inexplicável tara por lóbulos), reconheço que sou anti-PDA: casais nhó-nhós que falam à bebé, se dão de comer um ao outro e trocam carícias à mesa... é de vomitar na boca. Deixem-se de coisas e comportem-se como adultos. Já Marco Paulo dizia: uma lady à mesa, uma louca na cama.
7. Cuidado com a lingerie
Ir com uma roupa interior sexy ajuda a transmitir confiança (e, chegada a Hora H, mais vale ter um conjunta La Perla do que um saco de pão e o soutien da ginástica).
Ir sem roupa interior é toda uma outra mensagem. Não necessariamente má, mas em querendo mais que um date, quer-me parecer que é a errada.
8. Não falar com outros homens.
Esta regra parece-me bastante óbvia, especialmente quando o outro homem em questão tem as trombas deste empregado de mesa, apre!
9. Embriagar-se e/ou adormecer durante o encontro.
Cf. dica #3. Este é claramente um erro fatal. O empregado de mesa parece concordar comigo...
10. Não causar acidentes de viação.
É chato, de facto, sobretudo porque há - para além do retrovisor - pelo menos mais 3 espelhos e outras tantas superfícies reflectoras num carro. Mas – beg to differ - antes limitar a visão do condutor a ter batom nos dentes, não?
11. Ele há à-vontade e à-vontade II...
Nos dias Kleenex que correm esta situação não acontece com a mesma frequência mas (i) assoar-se à frente do date (ou de quem quer que seja, for that matter) ou (ii) deixar a marca do batom no copo ou no guardanapo, é o equivalente moderno a borrar o lenço do nosso pretendente. Big no no. Ou é feito de forma sexy, numa de deixar o beijo marcado, ou então não dá.
12. Pontualidade e secretismo!
Confesso que sou obcecada por pontualidade: odeio que me façam esperar por isso tento que nunca esperem por mim. E tento também aparecer já completamente vestida (é o mínimo!) e pronta quando o meu date me vem buscar, excepção feita ao cabelo, que normalmente está caótico e hesito entre o solto, apanho, meio-apanho ou só com ganchos pelos menos 164 vezes durante a noite e não paro de mexer no (inexistente) penteado...
Já a fotografia que ilustra este faux pas parece-me do mais sexy e nada contra-producente! Não percebo, sinceramente.
Confesso que sou obcecada por pontualidade: odeio que me façam esperar por isso tento que nunca esperem por mim. E tento também aparecer já completamente vestida (é o mínimo!) e pronta quando o meu date me vem buscar, excepção feita ao cabelo, que normalmente está caótico e hesito entre o solto, apanho, meio-apanho ou só com ganchos pelos menos 164 vezes durante a noite e não paro de mexer no (inexistente) penteado...
Já a fotografia que ilustra este faux pas parece-me do mais sexy e nada contra-producente! Não percebo, sinceramente.
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