Friday, 30 January 2009

Leave the gun. Take the cannoli.

Nunca pensei que o meu interesse pela máfia italiana de Nova Iorque passasse de O Padrinho ou Os Sopranos. Mas pelos vistos, passou.
Ando neste momento obcecada com uma marca de roupa chamada Married to the Mob cuja linha de design pode ser vagamente descrita como um estilo updated da Karen, personagem da Lorraine Bracco no Goodfellas. Ele é correntes em ouro, ele é camisas de seda com padrões à Versace, ele é fato de treino de lycra… mas tudo com uma pinta que faz parecer que a Gwen Stefani se veste na Cenoura.
A campanha Primavera / Verão 2009 é protagonizada pela up & coming rapper Kid Sister e tem estes modelitos deveras interessantes. Mais uns itens para a wishlist


Wednesday, 28 January 2009

John Updike 1932-2009

John Updike foi dos primeiros escritores que li na minha adolescência que me despertou para a dita literatura “adulta”. Abriu-me para todo um novo mundo onde se falava de sexo, divórcio, traições e morte de uma maneira crua e espirituosa. Apaixonei-me pelo anti-herói Harold Angstrom da série dos Rabbit em que Updike fez dos melhores retratos dos EUA dos anos 70 e 80, da sociedade yuppy sexualmente insaciável, com intrigas à la Mike Nichols e uma acutilante análise sócio-cultural.
R.I.P.

Monday, 26 January 2009

Mad (Wo)Men

A verdade é que, enquanto não saírem em DVD os novos episódios de Mad Men, vou saciando a minha obsessão pela dita série com tudo o que lhe esteja minimamente ligado, designadamente as aparições dos protagonistas na catadupa de cerimónias de entregas de prémios que se realizam por esta altura do ano. Depois de a ter elogiado nos Golden Globes, reitero a minha admiração pela January Jones, que voltou a brilhar na red carpet, desta vez dos SAG Awards. A actriz que faz de Betty Draper levou um fantástico vestido do Andrew Gn, um designer que só há pouco descobri e cujo apelido ainda me interrogue como se pronuncia…

O que é nacional é bom

Álvaro Siza hoje elogiado em artigo de destaque do Guardian que podem (e devem) ler aqui.

Tuesday, 20 January 2009

Na Wishlist deste mês...

… o macacão da Black Halo que, sendo incrivelmente simples, é incrivelmente sexy e chique. Quero!

Monday, 19 January 2009

O anúncio do dia...

...estreou já a semana passada mas só hoje o vi no blog do André Murraças. É um delicioso anúncio da T-Mobile que saiu das mentes criativas da Saatchi & Saatchi e explora a reacção das pessoas a um chamado “flashmob” que aconteceu na estação de metro londrina Liverpool Street. Mais de 350 bailarinos – disfarçados de meros transeuntes a caminho do trabalho – desatam numa performance “espontânea” que foi apanhada por câmaras escondidas.
A mensagem do anúncio, se bem que pouco subtil, é linda: há coisas inesperadas e maravilhosas na vida que queremos partilhar com quem mais gostamos: daí o brilhante slogan “Life’s for sharing”.
Deliciem-se:

Monkey See, Monkey Do

aqui falei da minha predilecção por covers (quando bem sucedidos, evidentemente) e este mês descobri um que me encheu as medidas: ouvi a semana passada na Radar a versão dos Vampire Weekend do “Everywhere”, cuja autoria original pertence aos Fleetwood Mac. É o antídoto perfeito para os dias cinzentos e tristes de que temos sido vítimas.
Ora comprovem:


Thursday, 15 January 2009

American Idol no seu melhor.

Não resisto a fazer um vergonhoso plágio do post de hoje do Best Week Ever. Enjoy:



You have to admit: Give that blind guy a Clay Aiken makeover, and then tell him to have his hot brother/handler call me anyways. Also, “Mind the Gap” t-shirt? Classic.

Monday, 12 January 2009

Charlie’s Cynicism Factory

Sou fã do Charlie Brooker há já uns tempos e desde que vi o programa dele na BBC 4, o Charlie Brooker's Screenwipe, numa destas minhas temporadas londrinas, fiquei ainda mais devota. O Brooker é essencialmente um crítico de televisão mas escreve umas excelentes crónicas no Guardian, sobretudo sobre televisão inglesa, como não podia deixar de ser, mas também fala de trivialidades quotidianas e pessoais, com um sentido de humor mais do que mordaz, comprável talvez ao nosso MEC.
Revejo-me na crónica que hoje é publicada no Guardian de uma forma arrepiante: podia ter sido escrita por mim (fosse eu homem). Acho que exclamei a voz alta “eu também!” aí umas cinco vezes ao ler a dita crónica que passo a citar…

Sigh. Yeah, that's right. Sigh. Two years ago, almost to the day, I wrote a piece about the world's bizarre insistence on marrying me off, prompted by three separate incidents in which strangers chuckled at my shambling incompetence and suggested that what I needed was a proper sorting out, which could only arrive in the form of a wife. Cue much indignant spluttering on my part. For one thing, how did these strangers instinctively know I wasn't already married? Even gargoyles get hitched, sometimes. And for another, I didn't actually want a wife, thanks for asking.
Nothing beats living alone. Why shackle yourself to a fellow human being for the rest of your days? Because you're in love? Don't be a wuss. That'll fade after a few years and all you'll be left with is a walking catalogue of tiny, grating quirks gleefully pointing out your shortcomings. To avoid murdering each other, you'll have to keep yourselves anaesthetised with DVD boxsets and the occasional holiday. Life partner? Joy thief, more like.
But maybe that's a lie, the kind of lie you live by in the face of mounting evidence to the contrary. There are a billion valid reasons to avoid settling down, but the root cause of most commitment-phobia is something else entirely. Namely terror. Raw terror. The terrifying prospect of falling in love in the first place.
Love can be genuinely awful. Worse than the norovirus on a coach trip. When it goes wrong - and it usually does - it kicks a hole in your ribcage and voids its bowels in your soul. Get burned badly and from that point on, falling in love is like inviting a werewolf into your home: you sit there fascinated, watching it eat at the table and admiring your curtains. You make conversation and share private jokes. But try as you might, you're not quite relaxed and you're not quite yourself; you're on tenterhooks, aware that any moment now it's going to turn round and bite your throat out.
In the face of love's potential destructive fury, you're left with three options. 1) Pull down the emotional shutters and try to avoid it. 2) Find someone you admire or like, rather than love, and try to make do, rendering both of you miserable in the process. Or 3) Throw caution to the wind and gingerly place your fragile, beating heart in the hands of another human being and hope they don't crush it in their fist for giggles. On paper, the first option seems like the only sensible choice.
But gah and damn and blast and argh: it isn't. Not really. To carry it off with any degree of success involves suppressing all vestige of romance, which ultimately atrophies your insides and turns you into either a loner or a bastard, or some maddening, alternating combination of the two. And you can't entirely kill off the romantic impulse. When you're queuing in the supermarket on your lonesome, clutching a basket full of meat and veg, all of which has been carefully weighed and packaged into portions big enough for two apparently just to underline the folly of your isolationist policy, it's hard not to gaze enviously at the couples in front of you, even if they're bickering over a cheap jar of pasta sauce. They might be unhappy, but at least they're united by misery. The rest of us have to pick holes in ourselves. They get to share.
So maybe a wife isn't such a bad idea, I figured, as 2009 started to dawn. The problem is finding one. I've fantasised before about a society in which single people are assigned partners arbitrarily by the government.
But that's not going to work, because my checklist of desired attributes is impossibly lofty: I refuse to be satisfied with anything less than a clever, funny, misanthropic supermodel who spends 98% of her time ignoring my existence (because basic psychology dictates that nothing's going to maintain your interest quite like being dangled on a string for eternity), and the remaining 2% offering sickening reassurance. Thus far the universe has stubbornly refused to offer this up, and since no one on earth can possibly match up to this deluded ideal, which I don't deserve anyway, perhaps it's time to widen the net by aiming low. By which I mean below the realms of the human. Animals are out: they don't live long enough to make the social revulsion your union would provoke worth bearing. Unless you count tortoises, but they're too hard and aloof and ultimately unknowable to seriously consider settling down with.
No. A robot wife will do just fine. It wouldn't have to be terribly advanced: a crudely animated face on a stick offering relentless criticism and the occasional rude limerick would probably keep me sufficiently entertained to the grave. I'm aware even that might be aiming a bit too high. I'm not getting any younger, so give it a few years and I'll be content with a bag of gravel in a hat. Although just to keep things spicy, it'd be an open relationship: I'd let other men have sex with my gravel-bag wife, provided I could point and laugh as they did so.
Pour all your romance into a bagful of gravel? Yeah, I can see that. And it is, I suspect, the only conceivable future in which true and lasting happiness lies
”.

Golden Globes 2009

Da catadupa de cerimónias de entrega de prémios que se realizam no primeiro trimestre do ano, ainda dou alguma credibilidade aos Golden Globes e gosto particularmente do facto de premiarem simultaneamente a 7ª arte e séries de televisão. Gosto ainda mais quando as séries de que gosto ganham: tanto o Mad Men (a minha obsessão actual) e o 30 Rock ganharam, merecidamente, nas categorias de drama e comédia, respectivamente.
No que toca aos vencedores no cinema, não me posso pronunciar porque não vi nenhum dos filmes das categorias vencedoras (tirando o Valsa de Bashir que, por acaso, vi ontem e ganhou como melhor filme estrangeiro). Mas mesmo sem ter visto Revolutionary Road ou o The Reader, posso dizer que o discurso da Kate Winslet foi patético e é pena uma actriz daquela craveira (reconheço. Não gosto dela, mas reconheço que é boa actriz) ser tão ridícula. Andou aquela gaja a beijar o Leonardo di Caprio… dê Deus nozes a quem não tem dentes!
E, como não podia deixar de ser, a January Jones – que faz de Betty Draper no Mad Men – estava deslumbrante, assim como a Eva Mendes e a filha da Demi Moore e Bruce Willis (qualquer coisa Willis, não me lembro do nome...), das mais bem vestidas a meu ver.


Friday, 9 January 2009

Tuning à maneira

Claramente, a crise não chegou ao Japão.
Foi apresentado em Osaka um novo modelo do Mercedes-Benz SL600 adornada com 300 mil cristais Swarovski, avaliado em $403.000,00. Uma coisa discreta, portanto… Há em dourado e prateado, à escolha do freguês!



Isto sim é que é o verdadeiro Pimp My Ride: mais bling era impossível! Agora é só esperar que se exporte o modelo para a Europa e vê-lo a fazer a ponte Vasco da Gama em contra-mão…

Thursday, 8 January 2009

Na Wishlist deste mês...

…uma peça qualquer da Louise Markey, uma australiana finalista da conceituadíssima escola de design londrina Central Saint Martins College of Art and Design. As roupas são irreverentes sem deixarem de ser usáveis, elegantes e práticas. A nova colecção primavera / verão é verdadeiramente inspiradora, repleta de cores vivas, vestidinhos curtos geométricos: o conceito é um tank top básico de algodão preso a uma saia de seda brilhante de camada dupla, curta e rodada, criando uma silhueta sofisticada sem deixar de ser jovial.

Os eleitos:



Agora só falta ir à Austrália porque, pelo que diz o site, só se vende em Perth e Fortitude Valley…

Wednesday, 7 January 2009

An Apple a day keeps the doctor away

Não percebo um boi de computadores e uso pouco mais do que o Word, Outlook e Explorer. Mas adoro a estética e o design dos Macs: é um objecto de decoração, uma obra arte diria mesmo que, tivesse eu dinheiro para isso (custa $2.799,00) comprava sem hesitar. Por enquanto contento-me com o meu PC (nem sequer um mísero laptop tenho…) e babo-me à imagem do novo MacBook Pro.

Monday, 5 January 2009

Até que enfim!

O Bill Vaughan disse que “an optimist stays up until midnight to see the New Year in; a pessimist stays up to make sure the old year leaves”. Embora não me considere uma pessimista, posso dizer-vos que estou radiante por ver o ano que passou pelas costas, findo e acabado, morto e enterrado. Finalmente! Dois mil e oito, apesar de algumas alegrias (o nascimento do meu sobrinho Henrique sendo a principal), foi um ano muito difícil e com alturas de grande mágoa.
Por isso, este ano, excepcionalmente, a passagem de ano – que normalmente detesto e me recuso a festejar – ganhou uma importância desmesurada (e, por acaso, foi brutal). Eu sei que é a pior coisa que se pode fazer mas estou realmente com muitas e altas expectativas para 2009.
É este ano que vou finalmente pôr um ponto final ao pesadelo da Ordem (já só falta a oral!); é este ano que vou finalmente comprar aquele T1 ridiculamente minúsculo no Príncipe Real, cujo empréstimo ao banco me consome o ordenado praticamente por inteiro mas que é lindo de morrer; é este ano que o Henrique vai começar a sentar, gatinhar…; é nesta Páscoa que vou fazer a road trip mais descontrolada da história pela Argentina / Bolívia / Peru (já comprámos a viagem!); é este ano que vou ver os Fleet Foxes no f-d-s do Carnaval a Londres (já tenho bilhete!); é este ano que vou ao Coachella (ou Bonnaroo ou Lollapalooza ou Langerado…) e a Benicàssim (ainda não tenho bilhetes)…
Tenho uma (longa) lista de resoluções (os itens “fazer mais exercício” e “não gastar tanto dinheiro em CDs e DVDs” são promessas clássicas a que me comprometo e invariavelmente quebro todos os anos…) mas, este ano, encabeça a lista a resolução mais difícil de todas: a de ser feliz. Independentemente do que acontecer, das partidas que a vida me pregar e dos desafios, falhanços e aflições que inevitavelmente vou sofrer, jurei a mim mesma que vou ser feliz.
E isso começa já hoje.

Bom Ano a todos.

A casa de sonho, para o menino e para a menina...