Thursday, 13 November 2008

Os Gato Fedorento morreram. Viva os Gato Fedorento.

Não gosto de ser retrógrada nem saudosista, tudo tem o seu princípio e fim, mas há coisas que excepcionam a regra do “quando se muda é sempre para melhor”.
Point in case: o programa “Zé Carlos” dos Gato Fedorento. Depois de um Verão de hype, promoção, teasers e muitas expectativas, o novo formato dos Gato Fedorento acabou por ser um enorme flop. Acho que me ri menos vezes com este programa do que com qualquer sketch dos “Malucos do Riso”. Chega a ser confrangedor: sofro de vergonha alheia e esforço-me por tentar ver onde está a piada e não consigo, lamento. O problema é meu, decerto: provavelmente aquilo tem imensa graça e eu é que não atinjo… Mas a verdade é que já fui fã assídua dos Gato Fedorento old school: os bons velhos tempos da SIC Radical e mesmo do "Isto é uma Espécie de Magazine" que já ficava aquém dos primórdios do "Perfeito Anormal": sabia os sketches de cor, até ofereci o primeiro DVD à minha irmã que vive em Londres numa espécie de “toma, mana, isto é o que de melhor se faz por terras lusas”…
Acresce à deterioração dos Gato Fedorento a ascensão de outros programas de humor portugueses que só recentemente me conquistaram.
Um deles é “Os Contemporâneos”: no início, sem nunca sequer o ter visto e vítima do meu próprio snobismo e preconceito, condenei logo o programa e decidi, sem mais nem menos, que aquilo não tinha graça nenhuma. Até que numa bela noite de insónia apanho uma espécie de best of, com direito a bloopers e tudo, e rendi-me por completo. O sketch do chato ou do guarda-redes Ricardo na praia deixaram-me às lágrimas. Ainda não consegui perceber o horário normal daquilo mas já fui apanhando um ou outro episódio aqui ou ali e fiquei devota.
O outro programa é o “Vai tudo abaixo”. Porquê, mas porque é que eu não tinha ligado a isto antes?! Já tinha reparado neles nos pouquíssimos e raríssimos episódios que vi da “Revolta dos Pastéis de Nata” mas só muito recentemente vi o programa deles de princípio a fim. Apesar de ainda ser um processo em evolução (há um ou outro sketch mais cansativo e repetitivo), aquilo tem laivos pura e simplesmente divinos: especial destaque para os junkies Ruce e Reco que são, a par do Bucha e Estica, das melhores duplas que a comédia já viu.
Por fim, descobri no Verão o sublime Bruno Aleixo quando me mandaram o sketch dos conselhos ao Nuno Markl. Percebi então que se tratava de um fenómeno que, até aí, me tinha passado ao lado mas agora junto-me à legião de fãs e digo-vos sem hesitar: Bruno Aleixo é um génio.
Senão vejam:
(Se vocês não se rirem com isto, podem desde já candidatar-se ao título de “Ser Humano Que Sobreviveu Mesmo Sem Coração Nem Cérebro”).






1 comment:

  1. de facto os gatos deram um grande tiro no pé...

    tanta coisa, tanta coisa... e agora ...

    ReplyDelete