Sunday 18 May 2008

Leiam...

Sofia Bragança Buchholz, uma blogger que muito estimo, é a Eterna Descontente do "E as fadas... também se enganam no Caminho?"....  autora deste texto que aqui vos deixo!


Se podemos conceber a ideia de que uma mulher, seja lá por que razões forem, tenha relações sexuais esporádicas com este ou aquele homem que com ela se cruze na vida, asseguro-vos, será muito rara aquela que invista tempo, atenção, afecto – e este, por incrível que pareça, está presente, para uma mulher, num envolvimento sexual quando este é prolongado no tempo – num relacionamento sem que fique, emocionalmente, ligada a ele. Para o sexo feminino, o que mais pesa é o investimento afectivo feito na relação e este é directamente proporcional ao tempo dispendido na mesma. Pelo contrário, para os homens, o que tem mais valor é o prazer dela retirado e o factor novidade. Por outras palavras, podemos dizer que eles se prendem a elas enquanto não as conquistam; e elas prendem-se a eles depois de terem sido conquistadas. 
Mas quando se vão abaixo, quando apertadas na tristeza de tão desigual investimento de afectos, elas confessam. Confessam que o seu sonho era casar, ter um casalinho de filhos com eles, enfim, um ninhinho perfeito, e que mantêm viva a esperança – e vejam só, se eles as ouviam agora! – que eles, um dia, lhes digam que é isso que querem também. Senão, porque viajam eles com elas? Porque passeiam e jantam fora tantas vezes? Porque respondem a sms e a chamadas tardias? Porque CONTINUAM eles com elas? E é aqui, meus queridos leitores, que reside mais uma grande falha na comunicação entre homens e mulheres: é que elas interpretam todos os actos deles como sinais de ligação; e eles transmitem o sinal por pura cortesia [e, como acredito pouco no altruísmo masculino, para assegurarem – obviamente – a próxima queca].



[Sofia Bragança Buchholz in E as fadas...também se enganam no caminho?]

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