Tuesday 19 October 2010

"Cinema Is The Most Beautiful Fraud In The World", Jean Luc Godard


Fui ver no Domingo o The Town que, sem ser espectacular, tem pormenores excelentes e sobretudo um killer cast, com o meu tão querido Jon Hamm, um Ben Affleck muito credível e likeable e uma interpretação brilhante do Jeremy Renner (do The Hurt Locker).

Mas o problema da minha ida ao cinema este fim-de-semana não teve nada a ver com o The Town.

Um conselho amigo: NÃO vão ver este filme às Amoreiras. E porquê? Primeiro, porque as salas são uma m*rda. Depois porque fazem intervalo não só a meio de uma cena, mas a meio de uma fala de um dos protagonistas! E sobretudo porque nos obrigam, ao engano e sem avisar!, a levar com uma curta metragem que, de tão má, mais parece uma longa, uma penosíssima e eterna longa, de seu nome Shoot Me. Apesar de secretamente desejar que o título fosse inspirado no estado espírito do espectador, cujo pensamento permanente durante a exibição desta curta é: "Alguém me mate, pelamordeus!", não é mais do que um trocadilho com fotografia e morte: tão espertos, estes realizadores tugas! A representação e o cenário são tão inverosímeis que arrepia. O guarda-roupa e maquilhagem da Maria João Bastos, que faz supostamente de tia chique, são de tal forma exagerados que a descredibilizam completamente. Há no meio uma série de clichés forçados (a tensão à mesa de jantar, a cena de sexo altamente previsível e a sensualidade in your face do quarto de revelação com luz vermelha, que já vimos mil vezes...). Pasma-me que um filme fraco ao ponto de ter de ser impingido à socapa antes de outro filme tenha ganho em Maio o prémio do público no festival de cinema independente de Milão.
Go figure.
The Town



Shoot Me

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