Friday 18 September 2009

Chicas y Maletas


Não é segredo para ninguém que sou uma apaixonada por Espanha e tudo o que venha das terras de nuestros hermanos. Afirmo sem vergonha e indiferente aos olhares horrorizados dos que me ouvem que o 1 de Dezembro de 1640 foi um erro crasso, que a ¡Hola! é uma das minhas leituras obrigatórias e a cidade onde mais quero viver no mundo inteiro é Madrid.
Entre as minhas muitas paixões espanholas inclui-se o cinema e, claro, o icónico Pedro Almodóvar. Vi todos os filmes dele a partir do clássico Mujeres al Borde de un Ataque de Nervios; o Habla con Ella há-de constar eternamente no meu Top 5, independentemente de todos os filmes que eu ainda venha a ver: nenhum vai superar aquela obra prima, impossível.

E ontem, como boa espanhola-e-chica-Almodóvar-wannabe, fui ver Los Abrazos Rotos. (Pequeno à parte: os meninos que trabalham no Magnólia do Londres têm de começar a tomar algum excitante ou estimulante com urgência: ecstasy, café, coca-cola, o que seja, mas não demorem 20 mins a fazer-me uma mísera tosta de brie, sff, e a obrigarem-me a perder os primeiros minutos do filme, ‘tá? Obrigada.)


O último filme de Almodóvar tem desiludido os grandes especialistas imparciais e os acérrimos seguidores do realizador: as críticas vão no sentido de que o filme é meramente satisfatório, não traz nada de novo, o argumento é demasiado expectável e melodramático, yada yada yada. Infelizmente, concordo. Há, de facto, uma falta de elementos surpresa que sempre ansiamos nos filmes de Almodóvar. Ainda por cima, não gostei do protagonista – Lluís Homar – que aparece em 99% das cenas, por isso logo aí há um ligeiro set back


Los Abrazos Rotos é tudo aquilo que se espera de uma obra de Almodóvar, encarnando na perfeição o estilo criativo bastante próprio e cuidado do cineasta, mas isso não é necessariamente mau: em equipa vencedora não se mexe, não é o que se costuma dizer? Voltamos a encontrar neste filme os curiosos ângulos de filmagem de que Almodóvar é mestre, uma fotografia exímia (sobretudo nas cenas passadas em Lanzarote), os personagens de sempre (destaque para o nostálgico reencontro com a nariguda Rossy de Palma) e uma banda sonora imaculada, entregue ao génio que é Alberto Iglésias, de quem sou a fã número um. E, também como boa espanhola-wannabe e fútil (de qualquer nacionalidade) que sou, adorei o guarda-roupa: com cenas passadas nos anos 80, as roupas são típicas da época sem ser um cliché e, aliás, é com fatos lindíssimos que vemos uma Penélope Cruz sensual e femme fatal: o fato encarnado da cena final e um fato Chanel preto que ela usa com uma mini saia plissada... um sonho. Outro pequeno à parte: eu quero ser a Penélope Cruz quando for grande. Não só porque ela anda com o Javier Bardem mas também porque ela é a mulher perfeita, linda de morrer em todas as cenas. Cabra.







O regresso da Rossy de Palma








Lluís Homar & Penélope Cruz





Uma das cenas passadas em Lanzarote



Penélope à la Marilyn




.... e o trailer.

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