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Continuo a ser católica praticante e tenho muita dedicação a certos santos e a determinadas imagens da N. Senhora. A de Fátima, por acaso, já não é uma delas: não faço promessa para ir a Fátima, nem de carro nem a pé e muito menos de joelhos, detesto toda aquela exploração comercial e não gosto do Santuário. Mas ontem dei por mim a ver a transmissão da procissão da velas e a ficar emocionada. É impossível ficar indiferente àquele desfile de luzes quentes na noite escura, com milhares de vozes trémulas a cantarem em uníssono “A treze de Maio, na Cova da Iria, apareceu brilhando a Virgem Maria. Avé, Avé, Avé Maria!”. Deitei-me com aquela música na cabeça, acordei com aquela música na cabeça e ainda não consegui deixar de cantar “A treze de Maio, na Cova da Iria…”. Há horas que não me sai da cabeça: estou a sentir um misto de aproximação divina intensa e de irritação extrema porque não consigo sequer concentrar-me a trabalhar.
É impressionante como um hit da Igreja Católica consegue ser mais viciante e potente do que o último single da Beyoncé ou da Britney Spears.
“A treze de Maio, na Cova da Iria…”. Porra, continua!
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