Friday, 31 October 2008

E porque é Halloween... falemos do Natal!

No passado fim-de-semana dei por mim, de sandálias e manga curta, entre pinheiros com bolas douradas, renas e azevinho. WTF?! Eu tinha acabado de gozar um dia glorioso no Guincho e de repente entre numa twilight zone que parecia a Lapónia a sofrer os efeitos extremos do aquecimento global. Então não é que as decorações de Natal já estão a invadir a cidade com a antecipação pornográfica de 2 meses?! É deprimente. Não quero cair no cliché do “ai, o Natal já não é o que era”, “eu gosto de dar presentes espontaneamente, não é à força no Natal” e “as pessoas já nem sabem o que há de verdadeiramente importante no Natal, só ligam ao lado material e consumista”…
Mas a verdade é que, efectivamente, o Natal já não é o que era. Para já, não acredito no Pai Natal e isso tira logo a piada toda à festa. Depois, já não conseguimos juntar a família toda: a minha irmã e primos já estão casados e há sempre uns tantos que vão passar o Natal com os respectivos e lá se vai o tempo em que éramos 15 crianças hiperactivas e incontrolavelmente excitadas na “mesa dos miúdos” (a toalha que não é de linho, o serviço que não é Vista Alegre mas sim o de cozinha do dia-a-dia, os copos que já foram recipientes de Nutella ou mostarda).
E também é verdade que detesto a pressão de ter de comprar não-sei-quantos presentes de Natal. Sou generosa e adoro dar presentes. Se vejo uma coisa que me faz lembrar alguém, compro e ofereço, sem ter de esperar por uma desculpa. Mas detesto fazer compras em geral e com a minha preguiça e organização deixo sempre essa penosa tarefa para 23 à noite ou mesmo 24 de manhã. O pior no meio disto tudo é que a minha irmã, aka. a Fada do Presente de Natal Perfeito, dá sempre a oferenda acertada e os meus pais já nem sequer disfarçam a desilusão quando recebem, no quarto ano consecutivo, um livro ou CD.
E é ainda verdade que, sendo católica praticamente, me entristece o completo desprezo que se tem hoje em dia pelo que significa verdadeiramente o Natal.
Maaaas!
Posto isto e já que “if you can’t change them, join them”, já ando a pensar nos presentes de Natal e deixo-vos com o meu desejo material (que só vem a seguir a todos os espirituais e altruísta, está claro!): este “radiofonografio” absolutamente de morrer da nova colecção da ultra-cool marca italiana Brionvega. Até choras!

Maratona Musical

Começa ontem a maratona de concertos das próximas semana e já estou podre! Róisín Murphy inaugurou da melhor forma, segue-se Gilles Peterson e Ebony Bones hoje e amanhã na MusicBox, Cristobal Repetto 2ª, Ladytron 3ª, Fat Freddy’s Drop 6ª, Joan as a Police Woman no Domingo, Sigur Rós na 3ª e Cut Copy na 5ª. Uffff!
De fazer crescer água na boca:


A Lei de Murphy

Sem ter sido tão bom quanto a bênção divina que foi o concerto do Alive, Róisín Murphy voltou a provar no (sempre desajustado e desconfortável) Coliseu que da Irlanda há muita coisa boa para além da Guinness e do James Joyce.
A voz é cristalina e límpida, as canções são inovadoras, provocatórias e delirantes e o guarda-roupa faz parecer que a Carrie Bradshaw se veste na Pimkie. Digo-o sem pudor: Róisín Murphy é a mulher com mais pinta do mundo.
A apontar de menos bom foi o Coliseu em si (a sala de espectáculo com pior acústica do mundo que me pasma ainda existir), o interregno metal goth a meio do concerto (wtf?!) e a falta de músicas novas: para quando o novo álbum, hein Róisin?!
Os pontos altos foram Moviestar e Ruby Blue que aguentaram umas potentes remisturas e puserem mais gente a dançar que qualquer DJ por esse belo mundo fora e ainda o delicioso cover de "Slave For Love", do Bryan Ferry.
Róisin despediu-se com a promessa de voltar a Lisboa um dia e deixo eu aqui também a minha de promessa de que nesse dia… lá estarei!

Thursday, 30 October 2008

Don't quit your day job

Foi com tristeza, consternação e pesar que li que Joaquin Phoenix vai deixar o cinema para se dedicar à música.
Poooorquêêêê?!
Sou uma ávida fã do Joaquin Phoenix e não fazia ideia que ele tinha uma coisa digna de se intitular “carreira musical”. Sabia que ele dava uns toques na guitarra e cantava aqui e ali, sobretudo depois do sucesso de “Walk the line” mas daí a ter uma “carreira”…
Só me fica a esperança de que a tal dita “carreira” tenho o sucesso devido que justifique uma digressão mundial com passagem por Lisboa, de preferência num palco bem intimista, tipo Santiago Alquimista, para nos podermos encontrar, apaixonar e daí nascer uma linda história de amor…
Num cenário mais realista, resta-me esperar, entre lágrimas e suspiros, pelo “Two Lovers”, que só vai estrear por terras lusas em 2009.

Tuesday, 28 October 2008

Fat Freddy’s Drop

Já ando em estágio para o concerto de dia 7: ouçam e deliciem-se.

O Henrique (Parte I)

Nasceu há 15 dias o ser que, neste momento, é-me mais querido no mundo inteiro. Choro de saudades sem sequer o ter conhecido, acho-o lindo e perfeito a julgar por uns míseras fotografias e tenho mais amor por ele do que por qualquer outra pessoa sem nunca o ter visto.
Apresento-vos o meu sobrinho Henrique, aka. Quique. Está em Londres e só o vou visitar no final do próximo mês. Faltam precisamente 592 horas… passa a correr.

Dá licença?

Quase que tenho vergonha de voltar ao meu próprio blogue depois de tão pronunciada e vergonhosa ausência… Por enquanto, baby steps. Uns posts mais pequenos hoje, outro mais consistente amanhã e lá para o final da semana já vou estar a assolar-vos com textos do tamanho da Guerra e Paz.

Tuesday, 7 October 2008

Parabéns ao menino Thom

Não escrevo um post decente há meses e as próximas semanas também se apresentam deveras complicadas para produzir o quer que seja que não esteja intimamente ligado com o meu trabalho. Mas hoje faz anos o Thom Yorke e não podia deixar passar a data. Assim, numa de homenagem, vou passar o dia entre The Bends, In Rainbows, Ok Computer, Kid A, Amnesiac