Saturday, 28 August 2010

And The Emmy Goes To...


A 62ª edição dos Emmys é já esta 2ª-feira e este ano a lista de candidatos às várias categorias é muito forte. Acho que quase todos serão justo vencedores, sendo certo que tenho, claro, os meus favoritos. Sem grande originalidade e mantendo-me fiel às minhas já aqui mencionadas paixões televisivas, estou a torcer pelo Mad Men, o Jon Hamm e a January Jones nas categorias dramáticas, a Edie Falco, o Glee e o 30 Rock nas comédias, com um destaque especial para a Sofia Vergara na Modern Family que, sem ser uma série brilhante, tem momentos muito bons e de rir às lágrimas. Infelizmente ainda não consegui ver o The Good Wife mas tenho a sensação de que terá boas razões para ganhar: agora é esperar pela encomenda da Amazon a confirmar se o hype todo que tem envolvido a série faz sentido.

Um outro candidato que, no meu entender, só pode ganhar é a mini-série The Pacific que, graças a Deus, ou melhor, graças ao AXN, não passou despercebido em Portugal e foi emitido praticamente em simultâneo com a HBO no EUA.
Sendo uma estudiosa e fã confessa da Primeira e Segunda Guerras Mundiais, sou suspeita nesta minha apreciação, sendo eu o target óbvio desta produção Spielberg/Hanks sobre as batalhas travadas entre os americanos e os japoneses, nas ilhas do Pacífico, já no desfecho da IIGM.
Sem andar muito longe das emoções que já encontrámos em anteriores colaborações da dupla Spielberg/Hank sobre o tema, como no Saving Private Ryan e na também excelente série Band Of Brothers, a verdade é que há vários elementos que distinguem The Pacific de todas as outras inúmeras produções sobre a IIGM.
Por um lado, esgotado o tema do Dia D na Normandia (que mais nenhum espectador aguenta ver encenado!), The Pacific foge do cliché e mostra-nos outra face da IIGM. Tal como o nome incide, a série cobre exclusivamente as batalhas travadas nas ilhas do Pacífico, um episódio histórico que, a nós europeus, nos passa um bocado ao lado.
Por outro lado, os actores são desconhecidos do público menos atento e isso permite-nos viver realmente a história e acreditar genuinamente nestes personagens e nas respectivas histórias. O elenco, ainda que jovem, é de grande craveira e deu para acrescentar à minha lista de celebrity crushes o Josh Helman:


Outro factor distintivo é o facto da série ser baseada em personagens reais, que viveram aquele drama e o relataram-no na primeira pessoa. E, apesar da história ser contada do ponto vista americano, a série mostra as fraquezas das tropas americanas, que recrutavam miúdos de 15 anos com menos de duas semanas de treino para matar (ou, na maior parte dos casos, serem mortos).
Por fim, o ensemble técnico é excelente: a fotografia, a montagem, os diálogos… são belíssimos. E chamo ainda atenção para o genérico que é uma obra de arte em si só, e que aqui vos deixo.



Chorei durante praticamente todos os 50 mins do episódio epílogo: pela história, pela emoção que me provoca, pelo afecto que desenvolvi pelos personagens, pelo horror que é a Guerra, qualquer guerra – quer sejam as passadas quer as presentes, quando se mata, sem razão nem justificação, civis inocentes que levam ajuda humanitária a quem precisa.
Parece que até os que mais sofreram têm a memória curta e perpetuam os horrores de que foram vítimas.

Peace.

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