Wednesday 28 October 2009

When God closes a door, somewhere He opens a window


O feedback que tive dos meus amigos relativamente ao post de ontem foi comovente. Antes de mais, porque não tinha noção que o B’necas era lido por tantos e, por isso, muito vos agradeço a paciência, fidelidade e amizade. E, sobretudo, porque é graças a Amigos como vocês que o mundo caminha, pula e avança, sim senhor, com a fé que António Gedeão escreve na Pedra Filosofal.


Apesar de gostar de pensar que sou uma pessoa optimista, positiva e up lifiting, que transmito boas ondas e sou boa companhia, ando numa fase menos optimista porque, digamo-lo sem cerimónia, a vida é f*dida. É lixado crescer, o dia-a-dia é uma batalha constante sem time out, não temos a meia-hora de intervalo para nos massajarem as pernas e nos darem o pep talk antes de enfrentarmos mais 45 mins de jogo a sofrer golos e fintas. Há alturas em que é mais difícil ver o lado bom da vida e centramo-nos nas dificuldades.


Não me quero queixar, são apenas constatações. Aliás, não me posso queixar, não tenho esse direito. E não o faço em regra, tirando à minha Mãe em busca de mimos que não mos dá e consegue sempre dizer “Mas como é que tu te podes queixar quando [inserir história absolutamente trágica que envolva, pelo menos, um doente terminal, uma criança que não foi amada e um pai de família desempregado]?!”. Pois, claro, perante esse cenário a minha vida é mel.


Em bom rigor, a minha Mãe (como todas as Mães) tem toda a razão. Tenho um óptimo emprego. Odeio-o, é certo: trabalho 12 horas por dia e odeio isto mais do que iscas de fígado ou o álbum dos Amália Hoje. Mas nem por isso deixa de ser um óptimo emprego. Tenho saúde, toda a minha família e (quase) todas pessoas de quem gosto e com quem me preocupo têm saúde. Posso não ter o dinheiro que quero mas tenho o dinheiro que preciso. Tenho uma família que adoro e, em especial, um sobrinho maravilhoso que é a prova viva de que Deus existe. E, ainda que com uma vida amorosa digna de uma tragédia grega e um relógio biológico que já dá horas, não perdi a esperança de um dia amar e ser amada (pela mesma pessoa de preferência, já agora!).


Por isso, depois do negativismo de ontem, hoje retomo a curva ascendente. O título deste post é uma das minhas citações preferidas do filme (ou, vá, pelo menos um dos filmes) da minha vida, a Música no Coração (é cliché, eu sei, mas nem por isso deixa de ser verdade, deal with it). Têm-se fechado muitas portas mas vou descobrir a janela que está praí aberta algures… não vá ela fazer corrente de ar.


E para acabar, mais um cliché: outro dos filmes da minha vida, Life of Brian (houve umas férias de verão em que eu e a minha irmã só tínhamos este VHS – sim, meninos e meninas, no meu tempo ainda não havia DVDs e o último grito da moda era o BETA - e víamo-lo praticamente todos os dias. Sei todas as falas de cor: a melhor “I’m Jesus Christ and so is my wife!”).

Deixo-vos com um verdadeiro happy ending. Não, não esse, seus tarados, este:




Some things in life are bad,
They can really make you mad,
Other things just make you swear and curse,
When you're chewing life's gristle,
Don't grumble,
Give a whistle
And this'll help things turn out for the best.
And...

Always look on the bright side of life

If life seems jolly rotten,
There's something you've forgotten,
And that's to laugh and smile and dance and sing.
When you're feeling in the dumps,
Don't be silly chumps.
Just purse your lips and whistle.
That's the thing.
And...

Always look on the bright side of life.

For life is quite absurd
And death's the final word.
You must always face the curtain with a bow.
Forget about your sin.
Give the audience a grin.
Enjoy it. It's your last chance, anyhow.
So,...

Always look on the bright side of death,
Just before you draw your terminal breath

Life's a piece of shit,
When you look at it.
Life's a laugh and death's a joke it's true.
You'll see it's all a show.
Keep 'em laughing as you go.
Just remember that the last laugh is on you.
And...

Always look on the bright side of life.
Always look on the right side of life.

1 comment:

  1. É isso mesmo Teresa! Umas vezes na mó de baixo outras (muitas mais) na mó de cima :)

    P.S. Qualquer coisa relacionada com Monty Python mata-me sempre hehehe!

    - mata -

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