Monday 18 July 2011

When Dust Gets In My Eyes… and Nose and Throat and Hair…




Ante-Scriptum
Não consigo incorporar videos do youtube por isso só tenho tenho os links.
A gerência agradece a vossa compreensão!



O Que Correu Bem

Arcade Fire
Já é o 2.º SBSR em que os vejo e continuam a ultrapassar todas as expectativas ao vivo. Excelentes e empolgantes, conseguiram fazer esquecer a falta de qualidade do som que caracterizava o palco principal. O melhor concerto do festival, seguramente, e deste ano.
É ao ver bandas com o talento de composição e orquestração dos Arcade Fire, em que todos os elementos tocam todos os instrumentos e se vê uma felicidade genuína estampada no rosto, que me apercebo que não há melhor profissão no mundo do que a de músico. Lucky bastards.

Chromeo
Sábado à noite foi dos canadianos. Chromeo não desapontaram as altas expectativas e puseram-me a dançar quando julgava ter esgotado toda a energia armazenada ao longo da minha vida no meu corpo (as minhas costas! Os meus rins!! As dores!!!). Devia haver uma directiva que obrigasse toda gente ouvir pelo menos uma hora deste electro com humor e alegria por dia: tenho para mim que é o princípio da cura de todos os males.

Portishead
Concretizou-se o momento pelo qual esperava há mais de 15 anos: consegui, FINALMENTE!, ver o trio de Bristol ao vivo. Infelizmente em formato festival perde-se muito da intimidade necessária para um concerto dos Portishead mas ainda assim tocaram com a intensidade que se esperava, de trazer às lágrimas em certos momentos. Doces, delicados e deprimentes, tal como se quer. E a Beth Gibbons deve ter descoberto o elixir da juventude, a mulher não envelhece, caramba.

Lykke Li
A loira mais dark da Suécia não desapontou: irreverente e envolvente, tinha um alinhamento bem construído e funcionou muito bem num palco mais pequeno: fez com que eu trocasse uma hora de Artic Monkeys para dançar e cantar, entre tantas outras, “sadness is my boyfriend, oh sadness I am your girl”…

Elbow
O concerto teria sido tão melhor se o público conhecesse esta maravilhosa banda. Julguei que o Mercury Prize que ganharam em 2008 lhes tivesse dado mais protagonismo mas fiquei com a nítida sensação – elitismo e snobeira musical à parte – que só eu, meia dúzia de quarentões e os bifes que lá andavam conhecíamos as músicas. Open Arms teria sido épico caso o público conhecesse e cantasse, foi uma pena… Mas ainda assim adorei e o grande e barrigudo Guy Garvey com o irresistível sotaque de Lanchasire é um tipo porreirismo, apetece ir ter com ele a seguir e beber umas jolas no pub.
Apenas uma nota para referir que Lippy Kid é das poucas músicas em que o assobio é de facto uma mais valia. Quase faz esquecer o trauma do Young Folks. (Erk, só de ouvir 2 segundos para pôr o link fico mal disposta!)

The Vaccines
A julgar pela energia no palco e do público, ninguém diria que este quarteto londrino ainda só tem um álbum, lançado apenas no início deste ano. Um excelente aquecimento para os Strokes e fecharam o palco alternativo com chave de ouro.

Go Natural
A melhor coisa que aconteceu no espaço de alimentação num festival: consegui finalmente comer outra coisa que não os cachorros do psicológico e kebabs duvidosos.

Estrangeirada
É uma alegria ver uma boa dose de espanhóis, ingleses e nórdicos indefinidos a passearem-se pelo recinto e deliciaram-se com sol e mar nas melhores praias da costa lusitana. Ainda que junk, este país tem muito para oferecer.

Lua Cheia
Até os astros ajudaram à festa.


O Que Podia Ter Corrido Melhor

The Strokes
Atão é assim? Acabam a última música e bazam sem mais nem menos? Nem encore nem um heads up de aquilo estava para acabar? Passam do Take It Or Leave It para Guns?!?

Artic Monkeys
Quase não vi Artic Monkeys para ficar a ver Lykke Li até ao fim. São opções mas é pena que um festival tão pequeno tenha sobreposto dois concertos destes. E a última meia hora que vi foi francamente fraquinha, sobretudo comparativamente com o grande concerto que deram no Garage há já uns 5 ou 6 anos.

Beirut
Claramente não funciona em formato festival. Um fiasco.


O Que Tem De Mudar, Tipo, Já!

Os Acessos Ao Recinto... Ainda
Perdi The Walkmen à pala do trânsito caótico. Imperdoável. Devias devolver-me uma boa parte do dinheiro do bilhete só por isso, ó Luís Montez! Já não aguentava com a maldita rotunda de Alfarim!

B Fachada
O Bernardo tem de perder rapidamente a arrogância nos concertos ou vai tornar-se insuportável vê-lo ao vivo. Foi a maior desilusão. Indescritivelmente mau.

The Gift
WTF?! The Gift?! Mas o que é isto?! Quem é que se lembrou de meter estes gajo no cartaz deste ou de qualquer festival?! Porquê, mas porquê?!, alguém me explica, é que estes insultos à humanidade ainda respiram, vivem e, acima de tudo, poluem um festival para o qual paguei uns valentes 80€?! Acabem com os Gift, Por amor a toda a humanidade e gerações futuras!! E podem começar pelo teclista, sff. E, fyi, a Sónia Tavares consegue ser ainda mais feia ao vivo. Sim, é possível.

Brandon Flowers
Não com tanto ódio visceral mas continuo também sem perceber o que é que o Brandon Flowers foi fazer ao Meco…

Pontos de MB no Recinto
A sério, acham que 2 pontos de multibanco para 30.000 pessoas é suficiente? A sério?... Dois MB, 30.000 pessoas… Just saying.

Casas de Banho
Foram de longe as piores casas-de-banho que alguma vez vi num festival ou onde quer que fosse. Nojento, fui uma vez e nunca mais. É inadmissível.

No comments:

Post a Comment