Tuesday 31 August 2010

Corinne Day (1965-2010)

Morreu este fim-de-semana talentosíssima fotografa inglesa, que tinha a Kate Moss como musa e era colaboradora assídua da Vogue UK. Sou admiradora confessa dos seus editoriais: num meio de excessos e logros que caracterizam a moda, as fotografias da Corinne Day era de uma simplicidade e ingenuidade enternecedora, pouco comum, e criaram imagens icónicas, sem pretensões nem artifícios. Algumas das minhas favoritas:








Fotografias tiradas do site da fotógrafa.

Monday 30 August 2010

Emmys' Red Carpet Recap, As Seen By The Evil Twin.


Sem grandes surpresas o Mad Men que já aqui disse, sem pejo nem dúvidas, ser uma das melhores séries alguma vez criada - ganhou nas categorias mais importantes dentro do género dramático. A Modern Family, uma série novata, foi a surpresa agradável da noite: tal como escrevi no último post, ainda tem algumas falhas de rookie mas tem muito potencial, por isso, *clap clap clap*, aplausos pelo merecido reconhecimento, sobretudo para o hilariante Eric Stonestreet! E tal como previsto, o The Pacific também teve levou para casa um Emmy. Portanto foi feita justiça na entrega dos prémios.
Já o desfile do tapete vermelho não correu tão bem. Confesso que ainda não vi a emissão na televisão, só fotografias nos diversos blogues e sites. Mas, daquilo que vi, esta edição dos Emmys foi um flop no que toca à moda. Sem grandes inovações e com muitas desilusões, eis o meu veredicto.

Comecemos pelas melhores.

1. Claire Danes. Não a adoro enquanto actriz e embirro solenemente com o nariz dela mas tenho de dar a mão à palmatória e reconhecer que é provavelmente a mais bem vestida da noite. Com muita simplicidade mas com igual dose de elegância, bem ao estilo Armani, estava linda, perfeitamente penteada e maquilhada. Give it up for Miss Danes!


2. Lea Michele. Cada vez mais magra, bonita e sofisticada, esta miúda está prestes a encabeçar a minha lista "Quando Eu For Grande Quero Ser Como A…". O vestido, inequivocamente Oscar de la Renta, com um corte com mucho salero e arrojo mas contraposto por uma cor sóbria, ficava-lhe a matar. E o colar complementa-o na perfeição.


3. Toni Collette. Surpresa da noite. Nunca imaginei referi-la num post, quanto mais num sobre moda. Mas de facto este vestido da Valentino é divino. Se não soubesse diria que era Prada porque traz-me à memória a última colecção da verão. Mas pouco importa de quem seja, é maravilhoso.


E agora o escárnio e mal dizer...

3. January Jones. Já não é segredo para ninguém que sou a fã #1 da actriz que faz de Betty Draper no Mad Men e ela raramente desilude nos desfiles deste tipo de cerimónia. Mas desta vez confesso que ela me deixou perplexa. Para já, não adoro este tipo de design curto à frente vs. comprido atrás: faz lembrar um mullet na nuca de um redneck, mas em vez de cabelo, é aquela colcha foleira de cetim que se vê nos motéis de segunda categoria. Nhecks. E aquele corpete à la Madonna nos anos 90 vestida por Gaultier. Nhecks nhecks. Não adoro a textura. Bem sei que a Versace prima pela ousadia dos materiais mas este azul metálico é demasiado retro-kitsch para uma ocasião supostamente chique como os Emmys. Adoro o cabelo mas não neste contexto nem com este vestido: fica demasiado descontraído, parece que se esqueceu de se pentear. E aqueles sapatos: yawn! Já não se aguentam pumps pretos: boring - limitam-se ao escritório e enterros!
Posto isto, a verdade é que, ainda assim, a January Jones é de longe a mais bonita que desfilou no tapete vermelho. Sem exageros, acho que ela tem uma cara pura e simplesmente perfeita. Não acredito que haja neste momento nenhuma mulher mais bonita do que ela. É perfeita. Ponto. Podiam enfiá-la num saco do lixo com umas crocs que ela não deixava de deslumbrar. Cabra.


4. Sofia Vergara. Que desilusão: era a actriz pela qual torcia na categoria em que concorria e veste uma das minhas designers predilectas, Carolina Herrera, mas não correu bem, nada bem. Não sei se é da cor, se das lantejoulas no meio… Não a favorece. E olhem que não favorecer um corpo daqueles não deve ser tarefa fácil.


5. Dianna Argon. Outra desilusão da Carolina Herrera e ainda para mais numa das actrizes da minha série do momento, o Glee. O vestido envelhece-a: a renda, a cor, o comprimento... É um misto de dama antiga com prostituta de saloon no velho oeste. Ainda assim está bem penteada e maquilhada por isso, sem ser das melhores, também não é das piores.


Porque as piores são:

6. Christina Hendricks. Ai Christina, Christina. A über maravilhosa e sensualíssima Joan do Mad Men que tem o peito mais falado e invejado da televisão tem de despedir ASAP a estilista. Ou, se não a tiver, tem de contratar uma com ainda maior urgência. O vestido já de si é mau (nem parece Zac Posen, adoro-o!): aqueles ombros não lembram ao careca (como diria o Marcelo) e envelhecem-na estupidamente. E aquela cor? Numa ruiva? Porquê?!


7. Naya Rivera. Acho que está claramente sub-aproveitada no Glee: tem um vozeirão (no cover do The Boy Is Mine ela tem oportunidade de mostrar o que vale) para além de ter o melhor corpo e cara de todo o elenco da série. É linda! Mas esteve longe de brilhar nos Emmys. O vestido é digno de um prom de uma pré-adolescente do Mid-West: jamais o escolheria mas, tudo bem, mostra o figurão e as pernas da menina (matava para ter aqueles pernas!). Mas o penteado… o penteado ultrapassa tudo...


8. Keri Russell. Sem palavras. Um terror. Nem para a praia se deve ir assim vestida. É ofensivo que uma pessoa que recebe tanto dinheiro e está imbuída no mundo da moda e dos media, rodeada de peritos e fashion advisers, vista uma palhaçada destas que pior não podia ficar. "Ah, olha, não tenho mamas e tenho pele de porquinho. Já sei! Vou levar um vestido à Marilyn Monroe, conhecida por ter fraca figura como a minha, e cor-de-rosa, que toda gente sabe fica bem em peles de porquinho". Felicity would pity you, tst tst tst.


Mas a Keri Russell só não é a pior por causa destas duas que se seguem.
O prémio "WTF?!" da noite é atribuído ex-aequo à:

10. Lauren Graham. A mãe da insuportável série The Gilmore Girls deve ter almoçado bolonhesa, esqueceu-se de tirar o guardanapo do pescoço e ninguém a avisou, coitada.


11. Mindy Kaling. Enquanto actriz secundária na versão também secundária (leia-se americana) do The Office seria de esperar que esta menina passasse despercebida. Talvez ela tivesse temido o mesmo e decidiu então dar nas vistas… da pior maneira. O cabelo é inenarrável: aquele updo mais parece uma colmeia de palha de aço. Deve ter ido ao mesmo cabeleireiro da Naya Rivera mas com metade do tempo... O vestido é demasiado espampanante (parece uma versão pobre de um Vivienne Westwood), fica ridículo numa pessoa da constituição dela (baixa e gordinha) e o preto fica pessimamente com a cor de pele. WTF?!


Posto isto, não deixem de ler este post de um blogue que vivamente vos recomendo. ~

Vou jantar. Até amanhã, minha boa gente, e boa semana!

Saturday 28 August 2010

And The Emmy Goes To...


A 62ª edição dos Emmys é já esta 2ª-feira e este ano a lista de candidatos às várias categorias é muito forte. Acho que quase todos serão justo vencedores, sendo certo que tenho, claro, os meus favoritos. Sem grande originalidade e mantendo-me fiel às minhas já aqui mencionadas paixões televisivas, estou a torcer pelo Mad Men, o Jon Hamm e a January Jones nas categorias dramáticas, a Edie Falco, o Glee e o 30 Rock nas comédias, com um destaque especial para a Sofia Vergara na Modern Family que, sem ser uma série brilhante, tem momentos muito bons e de rir às lágrimas. Infelizmente ainda não consegui ver o The Good Wife mas tenho a sensação de que terá boas razões para ganhar: agora é esperar pela encomenda da Amazon a confirmar se o hype todo que tem envolvido a série faz sentido.

Um outro candidato que, no meu entender, só pode ganhar é a mini-série The Pacific que, graças a Deus, ou melhor, graças ao AXN, não passou despercebido em Portugal e foi emitido praticamente em simultâneo com a HBO no EUA.
Sendo uma estudiosa e fã confessa da Primeira e Segunda Guerras Mundiais, sou suspeita nesta minha apreciação, sendo eu o target óbvio desta produção Spielberg/Hanks sobre as batalhas travadas entre os americanos e os japoneses, nas ilhas do Pacífico, já no desfecho da IIGM.
Sem andar muito longe das emoções que já encontrámos em anteriores colaborações da dupla Spielberg/Hank sobre o tema, como no Saving Private Ryan e na também excelente série Band Of Brothers, a verdade é que há vários elementos que distinguem The Pacific de todas as outras inúmeras produções sobre a IIGM.
Por um lado, esgotado o tema do Dia D na Normandia (que mais nenhum espectador aguenta ver encenado!), The Pacific foge do cliché e mostra-nos outra face da IIGM. Tal como o nome incide, a série cobre exclusivamente as batalhas travadas nas ilhas do Pacífico, um episódio histórico que, a nós europeus, nos passa um bocado ao lado.
Por outro lado, os actores são desconhecidos do público menos atento e isso permite-nos viver realmente a história e acreditar genuinamente nestes personagens e nas respectivas histórias. O elenco, ainda que jovem, é de grande craveira e deu para acrescentar à minha lista de celebrity crushes o Josh Helman:


Outro factor distintivo é o facto da série ser baseada em personagens reais, que viveram aquele drama e o relataram-no na primeira pessoa. E, apesar da história ser contada do ponto vista americano, a série mostra as fraquezas das tropas americanas, que recrutavam miúdos de 15 anos com menos de duas semanas de treino para matar (ou, na maior parte dos casos, serem mortos).
Por fim, o ensemble técnico é excelente: a fotografia, a montagem, os diálogos… são belíssimos. E chamo ainda atenção para o genérico que é uma obra de arte em si só, e que aqui vos deixo.



Chorei durante praticamente todos os 50 mins do episódio epílogo: pela história, pela emoção que me provoca, pelo afecto que desenvolvi pelos personagens, pelo horror que é a Guerra, qualquer guerra – quer sejam as passadas quer as presentes, quando se mata, sem razão nem justificação, civis inocentes que levam ajuda humanitária a quem precisa.
Parece que até os que mais sofreram têm a memória curta e perpetuam os horrores de que foram vítimas.

Peace.

Wednesday 25 August 2010

Meu Querido Mês de Novembro

Tenho a sensação que em Novembro vou fazer pouco mais do que ir a concertos...


07-11: Broken Social Scene na Aula Magna



Depois...


09-11: !!! no Lux



Depois...


10-11: Vampire Weekend no Campo Pequeno



Depois...


11-11: The Drums no Lux



Depois...


14-11: The Walkmen no Coliseu



E por fim...


18-11: Arcade Fire no Pavilhão Atlântico
(Este está a priori excluido por ser na pior sala do mundo.)

Make 'Em Laugh!


Sou mesmo básica mas ponham-me pessoas a cair e riu-me. Estive um bons 5 minutos a rir com esta imagem. Apaguei-a e continuei a rir-me cada vez que me lembrava. Tive de partilhá-la convosco.
E mais estas que se seguem:






And last, but not least, o melhor video de sempre. DE SEMPRE!

Monday 23 August 2010

Old School



Ao olhar pela minha janela esta tarde temi não me ter apercebido da passagem do tempo e estarmos já em pleno Novembro, época natalícia ou mesmo em Fevereiro do próximo ano. Ou, pior ainda, não me ter apercebido de que me tinha emigrado e trabalhava agora algures nos perdidos vales da Escócia ou no interior nebuloso da Finlândia. Ah, e que tinha reencarnado a Diana Ross nos seus tempos áureos do anos 70: a humidade faz destas coisas ao meu cabelo…
Mas, apesar do frio, confesso que estes previews do Outono em pleno Verão me dão uma enorme saudade dos longínquos tempos da escola e das férias grandes. Um dia como hoje, em que não dava para ir à praia nem brincar lá fora, era a desculpa perfeita para ficar em casa a ver televisão (que geralmente era proibidíssimo mas que, perante a eventualidade de eu e a minha irmã podermos apanhar um resfriado, Deus nos livre!, a minha Mãe lá cedia e até nos mimava com um lanche de torradas e batido de banana).


Ou, melhor ainda, aproveitava-se o mau tempo para preparar o regresso às aulas. Lá íamos ao supermercado comprar os cadernos, o estojo, a pasta… Depois, ao chegar a casa, dedicava-me a afiar os lápis (depois testava com o indicador a ver se picava, só aí estavam no ponto), a arrumar logo tudo na mochila, ainda que as aulas só começassem dentro de semanas.
Mas o meu ritual predilecto da rentrée era forrar cadernos, dossiers e agendas com recortes de revistas, anúncios, fotografias, citações, letras de músicas… Era uma patchwork de imagens e palavras que depois cobria com papel autocolante transparente, uma espécie de fita-cola gigante, que dava o toque final brilhante e perfeito às capas.
Era maravilhosa aquela sensação do caderno limpo, por estrear, decorado a gosto. Tinha, naquelas vésperas das aulas, a esperança genuína de que era capaz de tudo, que nada me era impossível: naquele caderno em branco ia escrever-se um futuro brilhante e desejado.
Obviamente que essas ilusões e entusiasmo rapidamente esmoreciam, passada a excitação de rever as amiguinhas e os “novos” que estavam na turma. Depois de uma semana de aulas, já só queríamos que chegassem outra vez as férias. E o caderno, outrora imaculado e promissor, tinha-se transformado num autêntico campo de batalha entre um lápis furioso, uma borracha demasiado tímida e uma caneta vermelha prepotente.
Apesar de hoje ser uma neat freak e obcecada por organização e limpeza (faço rascunhos de rascunhos, para terem ideia do ponto a que isto chega…), em criança era o oposto. Os meus cadernos eram nojentos: tinha uma letra ilegível, raquítica e carregada ao ponto de criar autênticas gravuras e relevos nas páginas seguintes. E como a maioria dos trabalhos de casa eram feitos literalmente em cima do joelho, já no autocarro a caminho da escola, acertar nas linhas das folhas era um verdadeiro desafio. Aliás, deve haver poucos levantamentos topográficos tão preciso quando um trabalho de casa meu: as lombas marcadas por letras estranha e esporadicamente gigantes, os declives por palavras a escorregar das linhas, as travagens por riscos histéricos, as paragens e os sinais vermelhos pelas escassas frases que caíam nas linhas…
Tinta branca era coisa que não existia e borrachas tão pouco porque, como carregava atrozmente no lápis (devia ter uma força bruta no braço direito em miúda: tenho de rever fotografias da minha infância para confirmar se não tinha o bícep sobre-desenvolvido), era impossível de apagar o quer que fosse sem deixar vestígios. Solução: riscar por cima, a carregar com igual atrocidade. Chegava mesmo a rasgava a folha enquanto rasurava os erros e tingia irremediavelmente os cadernos com blocos pretos densíssimos. E, como sempre fui apologista de que não se trabalha com o estômago vazio, ele era nódoas de leite com chocolate cada 3 páginas, outras tantas que ficavam coladas com Nutella ou sumo que pingava da fruta…
Aaaaah, bons tempos.


Como ainda não tenho filhos e não conheço ninguém em idade escolar, confesso que não sei se os miúdos de hoje ainda têm cadernos e dossiers ou se o Magalhães e outros laptops mais sofisticados vieram apagar para todo o sempre o ritual do caderno. Espero que não. Espero que os meus filhos não cresçam num mundo onde tudo se corrige com um ctrl X ctrl V, onde o começar de novo é ctrl N, onde borracha é ctrl Z, onde o único vermelho é o do corrector automático…

PS: A propósito de época natalícia e da passagem do tempo, reparei este fim-de-semana que a TVI já tem o logótipo (ou lá o que se chama ao símbolo deles que aparece no canto superior do ecrã) com decorações de Natal, com neve a cair e o camander. Enxerguem-se, pelamordeus! Já não basta serem a TVI ainda nos estão a impingir marketing natalício em pleno Agosto… Haja dó!

Thursday 19 August 2010

Tanta Roupa E Nada Para Vestir

Acho que pelo menos um terço da minha roupa foi usada uma vez ou ainda está por estrear, com etiqueta e tudo. E em 99% dos casos é por falta de coragem da minha parte, sobretudo peças que compro quando estou fora, especialmente em cidades libertinas como Londres ou NY, e fico imbuída do espírito local e me esqueço que depois tenho de voltar à minha rotina mundana em Lisboa.
Não quero com isto insinuar que sou avant-garde. Tenho perfeita noção de que sigo a moda e não a dito – nem tenho pretensões a tal. Vejo uma look numa revista, anúncio ou pessoa e copio-o, sem dó nem vergonha, usualmente numa versão mais budget das lojas a que toda gente vai e pode ir (raras são as peças vintage ou design no meu armário, infelizmente). Mas a verdade é que os meus ícones da moda, ou pelo menos as pessoas cujo visual mais admiro, são francamente ousadas (e anormalmente magras to boot) pelo que quando imito um look na altura em que compro acho um golpe de génio mas rapidamente me apercebo que não tenho ocasião nem audácia para vestir:

1. Transparências.
Não consigo usar tops ou vestidos transparentes sem ter por baixo um body ou um saiote. Compro sempre a pensar que vou usar com aquela lingerie que mete dó esconder debaixo da roupa mas vejo-me ao espelho e imagino logo os olhares e comentários “Esta gaja não tem noção!” ou no pânico de alguém me parar na rua “ai, a menina não deve ter reparado, mas a sua blusa é transparente”. No shit, Sherlock? Gabo a coragem da über maravilhosa Anna dello Russo.


2. Meias acima do joelho.
A-D-O-R-O. Aliás, Adoro todo o look colegial que tem marcado as colecção Outono/Inverno dos últimos 3 ou 4 anos e voltou em força na campanha da Pepe Jeans com a Alexa Chung. Se vos disser que tenho uns 5 ou 6 par de meias acima do joelho e que só usei um deles, uma vez, em Londres, há precisamente 2 anos e que até hoje nenhum deles viu a luz do dia?


3. Saltos altíssimos.
O meu B.I. diz que meço uns humilhantes 1’62m. Eu gosto de pensar que tenho mais mas a verdade é que sou baixota (salvo em comparação com crianças de 10 anos e a Snooki. Aí sinto-me uma autêntica torre). E, não só por ser baixa mas porque é melhor truque para ficar com um belíssimo par de pernas, adoro usar saltos. Mas nada menos de 10cm. Saltões daqueles que pouca falta para serem andas. Muda a postura, a pose, a atitude, a confiança… Acredito piamente que uma mulher pode estar vestida com um saco de batatas mas se lhe calçarem um par de Christian Louboutain, vai ter a atitude como se estivesse envergando um sexy little number da Gucci. Mas andar com saltos em Lisboa, valha-me Deus! Já aqui me queixei de ter de fazer visitas quase semanais ao sapateiro para ressuscitar os saltos e solas massacradas pela calçada portuguesa. Já para não falar nas pedras soltas e no facto da inclinação média das ruas de Lisboa dever ser uns 45º, que nem a Nádia Comaneci conseguiria equilibrar-se. Experimentem sair ao Bairro Alto de saltos. Preferencialmente numa noite de multidão, e com uns copos a mais. Giro. Muito giro.


4. Sexy.
Há sexy. E depois há p*ta. E confesso que quando compro um vestido mais justo, uma saia mais curta ou um top mais decotado, na altura penso “Sexy!”. Visto em casa, vejo-me ao espelho e penso “que ar de p*tinha, credo!”. Uma vez que fui sair à noite em Milão com uns calções curtos – está bem, muito curtos – que comprei depois de os ter visto nas esguias pernas da Chloe Sevigny. Sentia-me uma freira ao lado das voluptuosas e sensualíssimas italianas que estavam borderline nuas. Repeti o kit uma noite de verão no ano passado em Lisboa e, ao subir a Rua do Norte, vira-se um homem e diz-me “Bom trabalho!”. Foi das frases mais humilhantes que já ouvi e escusado será dizer que esses calções estão religiosamente guardados desde então.


5. Kitsch.
Acho que – a par do girly-romântico – é o meu estilo predilecto: o retro-look à Elaine do Seinfeld, as cores berrantes dos idos anos 90, lantejoulas, correntes douradas, Birkenstocks, calças com pregas à frente… Quem diria que alguma vez vestiria estas roupas que dantes tanto odiava (e gozava, nos serões a ver antigos álbuns de família, quem os tivesse usado). A verdade é que quando, há umas semanas, vesti umas sandálias de salto com a bela da soquete, fui tão gozada pelos meus amigos e apelidada “pé de gesso” o resto da noite, nunca mais ousei tal combinação. Não valia a pena retorquir que eram uns ignorantes e bastava estar minimamente atento à Vogue e aos blogues streetstyle para perceber que era o último grito da moda: a coragem dissipou-se e voltei ao look “soquete-free”.


6. Cliché.
Sem prejuízo do atrás dito sobre seguir a moda e não pretender ser uma trend setter, também não gosto de ser pretensiosa nem cair num cliché. E muito menos usar roupa que vejo em miúdas de 14 anos. Tenho o dobro da idade delas, logo devia ter o dobro de tecido e, pelo menos, o dobro da dignidade. Ao encomendar na net, então, acontece-me invariavelmente: esqueço que as modelos hoje em dia têm pouco mais de 15 anos. Elas ficam risque: eu fico ridícula…

Serei a única a viver este drama fútil?!

Wednesday 18 August 2010

La Reine este morte. Vive la Reine.



Este terá sido, supostamente, o último vestido que o Alexander McQueen desenhou. Sem grandes surpresas é lindo... de morrer. (Um bocadinho de humor negro para acabar o dia, hein?!)

Friday 13 August 2010

Did You Miss Me?


Ai, as saudades que eu tinha do meu rico blogue!

Depois de meses conturbados, um sem fim de eventos, episódios, aventuras e insólitos, uns melhores, outros piores, estou de volta e agora é de vez! Preparem-se!
Be afraid… be very afraid! The Evil Twin is back to haunt you, through fashion, film and music! Brace yourselves!

Um grande bem haja aos digníssimos leitores que, mesmo após meses de abandono, mantêm-se fieis. Obrigada!