Tuesday 25 May 2010

Walk A Mile In My Shoes


Lisboa é provavelmente a pior cidade do mundo para comprar sapatos. Palmilhei (pun intended) Lisboa de lés a lés, desde as pornograficamente caras Stivali e Fashion Clinic à esquizofrénica sapataria do Corte Inglés, da sapatolândia Zilian às sapatarias corriqueiras dos inúmeros centros comerciais desta cidade, e não encontrei um único par de sandálias pretas de jeito e menos ainda os pumps cor de camelo que tanta falta me fazem.
Costumo colmatar as inexplicáveis falhas do sartorial lisboeta na net mas não consigo comprar sapatos sem experimentar. Para já, traduzir tamanhos americanos, ingleses e italianos é uma tarefa demasiado arriscada. E já em terras lusas tenho umas havaianas 36, uns ténis 37, umas botas 38 e umas sandálias 39… Go figure.
Digam-me, por favor, onde é que se compram sapatos de jeito em Lisboa? Quando e onde é que vou poder comprar estas pérolas?



Tachas, tachas e mais tachas… Não me farto.

Estas são exactamente as sandálias que procuro.
Salto sem ser em cunha, altas, compensadas, pesadas, com fecho em T.
Quero, com o soquete e tudo.

(Fotogradias tiradas da Garance Doré e Stockholm Streetstyle)

And We're Back, For Round Two!

Comebacks. Toda a gente o fez. A Britney (ainda que tenha sido um tremendo flop), a Michelle Pfiffer, o André Agassi. E agora o The Evil Twin.

Estive ausente e remetida ao silêncio mais tempo do que seria aceitável, eu sei. Temo, aliás, que este post caia no vazio por já não haver seguidores do blogue que terão – justificadamente – virado as costas e desistido de esperar por novidades neste meu modesto diário virtual.
Daqui a uns tempos explico-vos o porquê desde hiato – e, acreditem, vale a pena relatar-vos este curioso episódio na minha vida – mas por ora digamos apenas que a minha vida deu, finalmente, ainda que por razões alheias a mim, a volta de 180º que eu há tanto almejava.
Estou feliz e acho que não era feliz há muito, muito tempo. Há anos mesmo. Mas hoje sou, finalmente, feliz. Apaixonada, realizada e feliz.
Depois de anos a andar com a vida em suspenso, as peças estão finalmente a encaixar-se, o nevoeiro está a levantar ou a poeira a assentar (não sei em que sentido é que o caos se dissipa, se para cima se para baixo). Parafraseando o Johnny Nash, estou finalmente a ver um futuro risonho depois de tempos atribulados.
Passei estes últimos dois meses numa espécie de retiro espiritual (sem possibilidade financeira de me refugiar num convento no Butão ou num ashram na Índia, fiquei-me por Lisboa). Foi um longo período de reflexão em que me desliguei do mundo. Não me liguei à net (temo que o meu Google Reader rebente com tantos feeds e shares por ler e ainda estou a desbravar os 801 unread e-mails), não vi televisão (em tempo real porque papei DVDs que é uma coisa estúpida), não li jornais, não falava com ninguém a não ser os amigos mais íntimos e a família.
Fiz, finalmente, a pausa que precisava para dar rumo à minha vida. Foram dois meses em que li muito, pensei muito, escrevi muito. Organizei o meu i-tunes, resolvi os meus eternos pendentes na Segurança Social e finanças, arrumei a casa e as ideias. Fui à praia sozinha (uma estreia absoluta para mim) e, sem i-pod nem livro, limitava-me a beber o sol e a canção do mar.
Meditei, basicamente. Fez-me um bem tremendo. Estou zen, optimista e confiante, cheia de energia e entusiasmo para o futuro.

E cheia de saudades do blogue onde, prometo, se vocês me deixarem, volto a partilhar os meus caprichos, desejos, desabafos e paixões.

It’s The Evil Twin, bitch!

Are You Ready For The Comeback?