Tuesday 16 March 2010

The Lonely Island



O Saturday Night Live é um marco incontornável para a minha geração e, ainda que tenha visto sempre com um desfasamento temporal absurdo, a FOX tem passado a mais recente temporada do SNL (já a 35ª!) com alguma actualidade. Embora, como todos os programas de humor, haja sempre episódios menos conseguidos que outros, há um sketch que nunca falha: os SNL Digital Shorts, assinados pelo trio The Lonely Island, uma banda de paródias musicais liderada por um dos meus celebrity crush, o Andy Samberg.


Os melhores vídeos estão inacessíveis (este e este, por exemplo, ou ainda o Ras Trent cujo teledisco é de ir às lágrimas) mas deixo-vos alguns exemplos que também não são nada de deitar fora.
E sempre dá para ir matando saudades dos ausentes Flight of The Conchords.











É Hoje!










Quando For Grande Quero Ser Assim:




Tirado daqui.

Friday 5 March 2010

Winter Wonderland



Dentro de escassas hora estou de férias. Férias! F-É-R-I-A-S! Uma semaninha fora daqui. Longe de Lisboa. Longe do trabalho, dos chefes, dos clientes. Longe da minha casa com humidade por tudo o que é trave, janela e poro. Longe do meu carro que todos os dias obriga a mais uma ida à oficina. Longe dos agente imobiliários que me telefonam com promessa vazias. Longe desta chuva incessante. LONGE!
Em bom rigor não é assim tããão longe. E é só por uma semana. Mas são estes dias que me vão dar forças para aguentar… pelo menos até às próximas férias!
Embora seja a beach bunny por excelência – acho que nada bate um bom dia de sol e calor na praia – a verdade é que ando sem orçamento para fazer o mui’ requintado programa de “verão no inverno” e, por isso, vou mandar-me uma semaninha para a neve: ar puro, exercício, road trip e convívio. Just what the doctor ordered!
Nunca liguei especialmente à moda de esqui – aliás, a expressão “moda de esqui” por si só parece-me ridícula – mas ao ver a colecção da Dolce e Gabbana Outono/Inverno 2010, apetece-me dar largas à carteira e comprar estes kits, para estar sempre impecável, dentro e fora das pistas.








Fotos roubadas daqui.

Thursday 4 March 2010

La Favola di Moschino



Foi inaugurada a semana passada a Maison Moschino, um hotel no centro de Milão (situado na Viale Monte Grappa, perto do oh so fashion Corso Como e do Corso Garibaldi), cujo design ficou encarregue à equipa da Moschino.
Numa altura em que, com a estreia do Alice no Pais das Maravilhas, o imaginário do Tim Burton parece estar por todo o lado, a decoração quirky e surrealista deste luxuoso getaway não foge à regra.
Embora todos tenha uma decoração única, o tema de ligação entre os quartos é o mundo fantástico das fábulas que criamos quando dormimos e sonhamos.
Confesso que, sendo os meus sonhos tão mais bizarros do que qualquer fábula, não me apelaria minimamente dormir num quarto que fosse decorado à luz de um sonho meu…
Mas claramente a Moschino tem um sono mais tranquilo (e mais glamoroso!) e fiquei absolutamente embevecida por esta maison.
Fica a nota para quando o orçamento permita uma escapadinha a Milão.







Mais fotos aqui.

Wednesday 3 March 2010

Razão #349 Para Ter Uma Casa de Campo

Tirado daqui.

De preferência em Cornwall ou na Bretanha. Ou Wicklow para voltar às minhas origens irlandesas. Porque este conjunto da Ferragamo – que há de custar mais do que a casa de campo em si, não o duvido - não pode ser desperdiçado num reles monte alentejano.

Tuesday 2 March 2010

Na Wishlist de Hoje


This little red number porque a época de casórios está mesmo à porta...


Estes sapatos da Prada porque são, pura e simplesmente, perfeitos. Lindos!


Este fato porque preciso de deixar de me vestir como uma menina de 12 anos...


Estes sapatinhos, também para a época de casamento.

E este casaco porque é um sonho. E quero-o. JÁ!

(Fotografias roubadas ao StockholmStreetStyle, handsoffmymanolos, Jak&Jil e outros tantos no meu GReader)

Monday 1 March 2010

A Baía da Vergonha


Sempre vivi com o conflito interno de ser omnívora e adorar animais.
Nada mais amoroso que um coelhinho dentudo e branco a roer uma cenoura. Mas adoro um bom lapin à la moutarde. O porco é o meu animal de quinta preferido: gordinho, cómico, e por vezes lindo e cor-de-rosa como o Babe. Mas salivo só de pensar num belo presunto pata negra. Quando vejo carneirinhos, com aquela lã quente e fofinha, só me apetece abraça-los. Mas como pelo menos uma vez por semana costeletas de borrego.
Por um lado, acho que não era capaz de ser vegetariana. Abdicar da carne seria um sacrifico imenso mas deixar de comer peixe, então, é absolutamente impensável.
Mas, por outro lado, fico arrepiada só de pensar na crueldade e no horror que são os matadouros, os aviários e todos os processos tortuosos a que os animáveis são sujeitos para acabarem como um belo bife da vazia no meu prato. Solução: cúmulo do cinismo - não penso nisso. Convenço-me que é a cadeia alimentar, que é assim que tem de ser, que sou anémica e posso morrer se deixar de comer carne.
Mas, por vezes, somos confrontados com a verdade nua e crua.

Ontem fui ver o The Cove, um documentário feito em 2007 que denuncia a chacina de golfinhos que se repete a cada Setembro, na época migratória dos golfinhos a uma enseada do Parque Nacional de Taiji, no Japão.
Vencedor do Festival de Sundance o ano passado e nomeado para o Óscar de melhor documentário, o filme está sobretudo conseguido porque evita o (muito fácil) caminho do sensacionalismo mas não chega a ser secante à la Wildlife da BBC. O realizador Louie Psihoyos, que foi fotógrafo da National Geographic durante 18 anos, conciliou a sua paixão pelo tema a um apurado sentido de cinema.

O realizador Louie Psihoyos


O espectador está numa adrenalina permanente, a torcer pelos heróis – os activistas que protagonizam a história – e a chocar-se com a atitude ignóbil dos maus – os japoneses. É, tal como o próprio Psihoyos diz no filme, uma espécie de cruzamento entre o Ocean’s Eleven (cute play on words, by the way) e o Free Willy.
Liderado por Richard O’Barry – o instrutor de golfinhos que treinou o Flipper da famosa série dos anos 60 – um grupo de activistas, que inclui desde membros do Oceanic Preservation Society a peritos de efeitos especiais de cinema e mergulhadores de elite, embarca numa missão secreta para penetrar na enseada escondida no Japão, colocar microfones subaquáticos e câmaras ocultas, e trazer à luz do dia a negra realidade.

Richard O'Barry

Cerca de 23.000 golfinhos são mortos todos os anos em Taiji, a maior fornecedora mundial de golfinhos, em prol da crescente indústria de entretenimento como a Sea World e outros parques marinhos que exploram turistas ignorantes e inconscientes, que nem se perguntam como é que as baleias e golfinhos foram lá parar.


E este é apenas um dos muitos segredos que o documentário expõe: são reveladas ainda as corrupções em catadupa (o Japão compra votos na International Whaling Commission a países endividados que nem sequer têm cetáceos) e o facto da carne de golfinho – altamente tóxica pelo excesso de mercúrio – ser vendida disfarçadamente (não volto a comer sushi tão depressa, garanto-vos).


O que mais comove no The Cove não é tanto o óbvio, ou seja as imagens aterradoras de golfinhos bebés ensanguentados presos nas redes a tentarem fugir das linchadas dos pescadores, mas sobretudo o empenho, a dedicação, a paixão das pessoas que protagonizam o documentário. É impossível ficar indiferente à causa.


No fim do documentário, aparece a mensagem “How You Can Help!” com a indicação de uma série de links que aqui vos deixo. Eu já fiz a minha parte.
E vocês?

http://www.takepart.com/thecove

http://www.savejapandolphins.org/

http://www.opsociety.org/about-ops.htm